O Superior Tribunal de Justiça Desportiva ainda não apreciou o pedido de efeito suspensivo impetrado pelos advogados do Galo pela punição dada ao Dudu, na última sexta-feira. Dudu foi suspenso por 6 partidas e terá que pagar R$ 90 mil de multa por conta de ofensas em suas redes sociais à presidente do Palmeiras, Leila Pereira, quando de sua saída do clube alviverde. Com isso, fica fora dos jogos contra Palmeiras, os três confrontos contra o Flamengo – dois pela Copa do Brasil e um pelo Brasileirão -, Red Bull Bragantino e Vasco da Gama.
O STJD, pela primeira vez na história, pune um atleta por manifestação em redes sociais. Tão curioso quanto a decisão sem precedentes e com interpretação completamente deturpada do fato por parte do Tribunal – que alega misoginia em uma troca de ofensas para justificar a suspensão -, é o fato de que circula na internet uma foto da auditora relatora do caso no STJD, Renata Mendonça, com as advogadas de Leila, Danielle Maiolini e Valentina Kalaf, publicada no Instagram de Renata, com os dizeres “Mulheres ocupando espaços no esporte e no mundo”.
A partida deste domingo seria o primeiro reencontro de Dudu com a torcida palmeirense, no Allianz Parque, desde a saída. Um dos grandes ídolos da história do alviverde, talvez o temor por uma ovação ao atleta e por vaias à dirigente tenham também contado para a coincidência da data do julgamento e, quiçá, o resultado.
O Atlético recorreu. Pediu efeito suspensivo, conforme preconiza o Código Brasileiro de Justiça Desportiva, mas igualmente de forma estranha o presidente do tribunal, Luis Otávio Veríssimo Teixeira, preferiu ignorar o pleito atleticano. Cabe lembrar que em casos semelhantes, o tribunal não demora mais do que 24h ou 48h para dar o parecer. Certamente, ficar fora do confronto deste domingo é interessante para alguém. E esse alguém não é, de fato, quem se preocupa com justiça.