No Visão Macro de hoje, vamos retomar a discussão sobre os benefícios dos avanços tecnológicos, trazendo o olhar para as fintechs e sua contribuição para a ampliação do bem-estar social ao longo do tempo.
Historicamente, a ampliação da concorrência não só melhorou o serviço oferecido à população pelo sistema financeiro, como também facilitou o acesso ao capital, reduzindo custos. Esse processo concorrencial foi bastante positivo e pode ser visto em diferentes frentes: crédito, meios de pagamento e outras inovações.
Vale lembrar que qualquer processo de inovação surge para resolver problemas reais a custos mais baixos. Aí está a verdadeira disrupção: a inovação funciona como um fator desinflacionário ao longo do tempo, inserindo novos consumidores e novos ofertantes em cada mercado. Nesse sentido, é importante olhar para o debate atual sobre as fintechs e sua regulação de forma concreta.
As fintechs não são “não reguladas”; elas operam sob regras diferentes, mas entregam ganhos de eficiência relevantes para a sociedade. O essencial é separar o joio do trigo: quem faz certo e quem faz errado. Quem erra não deve continuar no jogo, mas quem acerta precisa ganhar mais espaço. O problema não será resolvido com mais regulação indiscriminada, mas com medidas que ataquem a raiz da questão — segurança e combate ao crime organizado.
A concorrência trazida pelas fintechs já gerou avanços concretos. Pessoas que antes não tinham acesso a cartão de crédito agora possuem, outras conseguem crédito a custos mais baixos do que pagavam aos bancos tradicionais. Esse movimento forçou os grandes bancos a responderem, melhorando qualidade e ampliando serviços. Em resumo, as fintechs trouxeram soluções reais, aumentando o acesso ao capital e estimulando um setor financeiro mais eficiente e inclusivo.