O estudo global da Accenture estima que a adoção de inteligência artificial generativa pode elevar a produtividade em até 40% e adicionar US$ 7 trilhões à economia mundial na próxima década.
A consultoria destaca que a tecnologia deixou de ser apenas uma promessa futurista e já se tornou uma força estrutural de competitividade entre empresas e países. De acordo com o relatório, o impacto será particularmente significativo em atividades intensivas em conhecimento, como serviços financeiros, tecnologia, saúde, consultoria e educação.
Nessas áreas, a inteligência artificial generativa atua como aceleradora de tarefas complexas, desde análises preditivas e relatórios automatizados até diagnósticos médicos e a criação de novos produtos digitais. No entanto, a Accenture alerta que os benefícios não serão distribuídos de maneira uniforme.
Organizações que souberem implementar a IA com estratégia, integração e visão de longo prazo colherão vantagens expressivas, enquanto as que resistirem podem ver sua competitividade cair rapidamente. A chave está em equilibrar eficiência operacional com diferenciação estratégica, explorando a IA não apenas para cortar custos, mas para criar novas formas de valor. Outro ponto central do estudo é a necessidade de qualificar pessoas em escala.
A consultoria destaca que, sem programas de capacitação massivos, existe o risco de exclusão digital e de aumento da desigualdade social. Para capturar o potencial da tecnologia, as empresas devem investir em alfabetização em IA, metodologias de aprendizado contínuo e também na criação de ambientes híbridos, onde a inteligência humana e a artificial se complementem.
Para o Brasil, o relatório enxerga oportunidades relevantes em setores como varejo e saúde, que combinam grande volume de dados com desafios de produtividade. Mas, para transformar esse potencial em vantagem concreta, será preciso alinhar políticas públicas, investimentos em infraestrutura digital e parcerias entre empresas, universidades e startups.