O Ouro Minas Palace Hotel, em Belo Horizonte, amanheceu tomado pelo burburinho da política. A cena é de evento grande: carros oficiais, jornalistas, cabos eleitorais e lideranças regionais se misturam nos salões reluzentes. É o dia da filiação de Mateus Simões ao PSD, partido comandado nacionalmente por Gilberto Kassab, que desembarca na capital mineira para apadrinhar pessoalmente a chegada do vice-governador.
Simões, que construiu sua trajetória sob o guarda-chuva do Partido Novo, traz para o PSD não apenas sua imagem de gestor técnico e articulado, mas também a chancela do governador Romeu Zema, seu aliado político e principal avalista na corrida rumo ao Governo de Minas em 2026. O movimento é, portanto, mais do que uma troca de legenda, é a abertura oficial da temporada eleitoral no Estado.
O salão do Ouro Minas está repleto: deputados estaduais e federais, prefeitos, vereadores e secretários marcam presença, todos atentos à nova composição que começa a se desenhar. Kassab, experiente estrategista partidário, aposta em Simões como a peça central de um projeto que pretende ampliar a influência do PSD em Minas e pavimentar uma via alternativa entre o liberalismo de gestão e o pragmatismo político.
Nos bastidores, o clima é de entusiasmo e cálculo. A filiação sela a aliança entre o governo Zema e uma das siglas mais estruturadas do país, e coloca sobre a mesa as perguntas inevitáveis: quem será o vice? Qual o espaço do antigo Partido Novo nesse novo arranjo? E até onde Kassab pretende ir com sua costura nacional?
Entre cumprimentos e flashes, Mateus Simões chega sorridente, cercado de aliados, consciente do simbolismo do ato. O PSD ganha um nome competitivo; Minas, um novo capítulo em seu xadrez político. O jogo está aberto, e, a partir de hoje, as peças começam a se mover com mais nitidez.
