Mentoria não é curso, não é live, não é sobre ter todas as respostas. Mentoria é sobre presença, escuta ativa, sobre quem já percorreu um caminho e decide estender a mão para quem está começando o seu.
Nesse mundo onde tudo parece urgente, a mentoria resgata o que é importante: conexão, legado e aprendizado com contexto.
Ela vai além do conhecimento técnico. Envolve valores, repertório e uma visão estratégica que não se aprende em tutorial do YouTube.
Segundo o Mentoring Matters, da Harvard Business Review, colaboradores que têm mentores são promovidos cinco vezes mais rápido do que aqueles que não têm. Um levantamento da Gartner mostra que 97% dos profissionais com mentorias bem estruturadas se sentem mais valorizados e engajados nas organizações.
Mas atenção: mentoria não é sobre hierarquia, é sobre troca. Quando bem feita, transforma os dois lados — o mentor, que fortalece sua escuta, empatia e senso de propósito; e o mentorado, que ganha clareza, coragem e atalhos valiosos.
No Brasil, a prática ainda é subaproveitada. Muitas empresas confundem mentoria com coaching, feedback ou até onboarding. Algumas acham que basta juntar um sênior com um júnior e esperar a mágica acontecer.
Só que mentoria exige método, intencionalidade e, acima de tudo, vínculo. Porque não se trata de falar para o outro, mas de caminhar com o outro.
Nesses tempos em que o conhecimento está a um clique, o que faz a diferença é o saber aplicado com sentido. Mentores não apenas aceleram carreiras — eles humanizam o futuro do trabalho.