O carregamento dos carros elétricos tem gerado polêmica nos condomínios. O grande desafio é como adaptar as garagens para garantir segurança e eficiência na hora do abastecimento. O Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros acaba de publicar uma diretriz nacional que entra em vigor em fevereiro de 2026.
Ela estabelece requisitos mínimos para prédios novos e antigos, sempre em conformidade com as normas da ABNT. Para prédios novos, a regra é clara: a garagem precisa ter sprinklers (chuveirinhos automáticos instalados no teto que fazem parte do sistema de combate a incêndio), além de exaustão mecânica ou ventilação natural adequada e estrutura com resistência mínima ao fogo.
Já para prédios existentes, quem já possui carregador precisará se adequar. As tomadas comuns poderão ser usadas apenas para ligar carregadores do tipo wallbox, que devem ter disjuntor exclusivo, desligamento de emergência a até 5 metros do equipamento, sinalização visível e, em muitos casos, instalação de sprinklers e sistemas de detecção.
Não existe multa nacional, mas a fiscalização será feita pelos bombeiros de cada estado, e a exigência aparecerá no momento da renovação do AVCB (licença de segurança contra incêndio). E aí está o ponto: quem não se adequar pode ficar sem a licença e sem cobertura de seguro.
A recomendação é simples: síndicos e administradores devem contratar um engenheiro habilitado para revisar a instalação elétrica e planejar as adaptações. Afinal, os carros elétricos são uma tendência irreversível, e preparar os condomínios é garantir segurança e valorização patrimonial.
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