Não é mais sobre onde você trabalha — é sobre como você trabalha e por quê. O Future of Work Survey, pesquisa global da consultoria JLL, ouviu mais de mil executivos ao redor do mundo para entender o que realmente vai definir o futuro do trabalho. E a conclusão é clara: as empresas que vão sobreviver não são as maiores, são as mais adaptáveis.
Segundo o estudo, 77% dos líderes afirmam que suas organizações estão redesenhando o modelo de trabalho para se tornarem mais ágeis. E 45% das companhias já adotaram formatos híbridos permanentes, com estruturas físicas e digitais integradas.
Só que o futuro do trabalho vai além da logística. Ele passa pela cultura, pelo tipo de liderança, pelo quanto se investe em saúde mental, pertencimento, autonomia real. A nova vantagem competitiva será relacional, e não apenas tecnológica.
O que está em jogo aqui é um redesenho completo da experiência de trabalho: espaços físicos sendo repensados para encontros que importam — não apenas para o controle da empresa. Times sendo reestruturados e treinados para liderar com ambiguidade, e não apenas com processos. Líderes sendo convidados a escutar mais, mesmo quando têm pouco tempo.
Outro dado chama a atenção: de acordo com o mesmo estudo, empresas que mantêm espaços de trabalho colaborativos e oferecem autonomia aos colaboradores apresentaram quase 30% mais engajamento — e menos rotatividade.
Ou seja: quem cuida de gente, retém talento. Quem oferece contexto, cria potência. E quem entende que cultura não é slide em PowerPoint, mas sim prática diária, está um passo à frente.
O futuro do trabalho não é sobre o que vem depois. É sobre o que já está em transição agora. E quem lidera com lucidez, intenção e coragem vai transformar não só os resultados — mas também as relações.