O assunto de hoje é oratória e a primeira regra que precisa ser dita é simples: ninguém começa pronto. Você era aquele aluno que transferia ao colega a responsabilidade de sempre apresentar os trabalhos em sala? Então já posso te dizer aqui que, enquanto ele treinou, você se escondeu. E o fato é que o microfone não exige perfeição, exige prática e coragem para se mostrar, mesmo quando você não está confortável.
Isso não significa fazer discursos impecáveis, mas se posicionar, ainda que por alguns segundos. Outro ponto pouco explorado é que a oratória é política. Cada vez que você se expõe, decide quem percebe você, quem te ignora e quem começa a levar sua ideia a sério. Não é preciso impressionar todos, mas sim ser ouvido pelas pessoas certas.
As pequenas vitórias são essas microinfluências silenciosas que ninguém nota, mas que constroem reputação. Então, comece experimentando o que ninguém te ensinou: use suas palavras do jeito que você fala. Teste humor, ironia, contraste de ritmo. Não existe fala perfeita, existe a fala que funciona. Observe o efeito, ajuste e repita.
E aqui vai o desafio: tente falar sem se preocupar se está nervoso ou se vai gaguejar. O público percebe muito mais a intenção e a coragem de se colocar do que a perfeição técnica. Cada frase que você solta com propósito, cada ideia que você defende mesmo timidamente, é um passo para você virar referência.
Pequenas vitórias não são ensaios, são a forma de acumular presença real. Quem aprende a se expor gradualmente deixa de depender da aprovação, aprende a medir impacto e transforma microfones — e não plateias — em aliados da sua voz.
Lembre-se: na sua história, como sempre digo, quem precisa dominar a palavra é você.