Em um dia como hoje, em 1692, duas meninas de 9 e 11 anos começaram a ter espasmos, convulsões e a sensação de rastejamento na pele. Como não havia explicação, concluíram que só podia ser bruxaria — e enforcaram a vizinha. Você acredita?
Bridget Bishop, a vizinha enforcada, era uma mulher fora dos padrões puritanos da época. Adulta, solteira e dona de uma taverna, foi a primeira das 19 vítimas que acabaram na forca por suposta bruxaria.
Acusar alguém de bruxaria era muito fácil. Bastava que uma pessoa sofresse algum efeito inexplicável e, dias depois, sonhasse com alguém lhe causando mal. Esse sonho, chamado de “testemunho espectral”, era usado como prova em tribunal. Obviamente, isso tornava impossível qualquer defesa.
O episódio ocorreu na cidade de Salem, nos Estados Unidos, e ficou conhecido como a famosa caça às bruxas. Mas ela não começou lá. Já havia ocorrido antes na França, em proporção muito maior: estima-se que entre 35 e 50 mil pessoas tenham sido queimadas vivas, acusadas de bruxaria.
As mulheres acusadas foram mortas, mas a expressão sobreviveu. Hoje, “caça às bruxas” significa qualquer processo movido de forma arbitrária contra alguém escolhido como bode expiatório, sem fundamentação em fatos. Familiar ou não?
Mais de 300 anos depois, especialistas cogitam que os males das meninas poderiam ter sido causados por um fungo no centeio — e não por bruxaria. Mas agora as bruxas estão mortas.
Curtiu a história? Então fica aí que daqui a pouco eu conto outra.