A Sigma Lithium, dona da mina Grota do Cirilo em Minas Gerais, no Vale do Jequitinhonha, fechou o segundo trimestre de 2025 com uma notícia positiva: a produção superou a meta. Foram 68 mil toneladas de concentrado de lítio, um crescimento de 38% em relação ao ano passado e acima da previsão inicial.
Mas, apesar do avanço da produção, os resultados financeiros não acompanharam o mesmo ritmo. As vendas caíram mais de 34% em relação ao trimestre anterior e a receita despencou 62%, reflexo da forte volatilidade dos preços do lítio no mercado internacional.
Para enfrentar esse cenário, a Sigma adotou uma estratégia deliberada de reter parte da produção, buscando proteger suas margens e preservar poder de precificação em um mercado instável. Ainda assim, a companhia conseguiu reduzir custos: o custo operacional caiu para US$ 442 por tonelada e o custo de manutenção teve queda de quase 24% em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo a presidente Ana Cabral, recentemente reconduzida ao cargo, esse desempenho mostra a força de uma operação de baixo custo e larga escala, além de uma gestão disciplinada. O trimestre terminou com prejuízo de cerca de US$ 19 milhões, mas a empresa manteve um caixa de US$ 31 milhões e reduziu parte de suas dívidas.
A meta anual de 270 mil toneladas de produção foi reafirmada pela direção da Sigma Lithium.