Siga no

Esse caso é real e começa na Austrália, de onde o Solana Star, um navio panamenho, zarpou em agosto de 87 (Reprodução/Redes sociais)

Esse caso é real e começa na Austrália, de onde o Solana Star, um navio panamenho, zarpou em agosto de 87 (Reprodução/Redes sociais)

Compartilhar matéria

No verão de 88, as praias do Rio de Janeiro foram inundadas por milhares de latas. Um caso de polícia que virou gíria, música e fez a cabeça de muito surfista. Quer saber o que tinha dentro da lata? Então fica aí, que a história hoje é da Lata.

Esse caso é real e começa na Austrália, de onde o Solana Star, um navio panamenho, zarpou em agosto de 87 carregando 22 paneladas de cannabis, acondicionadas em latas sem identificação, com destino a Miami. O plano incluía uma parada no Rio, onde a carga seria redistribuída em embarcações menores. Mas a polícia foi informada e armou o flagrante.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Só que alguém vazou a informação, e os traficantes tiveram tempo de lançar ao mar 15 mil latas com a mercadoria. Por todo um ano, essas latas começaram a aparecer boiando no litoral do Rio e de São Paulo — houve quem recolhesse latas até no Espírito Santo e no Rio Grande do Sul. A notícia correu rápido entre os malucos da região. Era uma erva de qualidade muito superior à que se vendia por ali. Virou um produto disputado e caro entre traficantes e surfistas.

Não era qualquer bagulho — era droga da boa. Era droga da Lata. A expressão virou gíria carioca. Virou até título de álbum e música da Fernanda Abreu.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Quando chegou ao navio, a polícia só encontrou a bordo o cozinheiro Skelton, condenado a 20 anos de cadeia. Saiu em um, por falta de provas. Afinal, o que são 2 mil latinhas de mato, que foi tudo o que a polícia conseguiu recuperar? Você acredita?

Bom, pra saber mais, leia O Verão da Lata, de Wilson Aquino — um grande trabalho de pesquisa.

Historinha da lata, né? Então, se você curtiu, fica aí, que daqui a pouco eu conto outra.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Compartilhar matéria

Siga no

Ewandro Magalhães

É contador de histórias e especialista em comunicação internacional. Foi chefe-intérprete de uma agência da ONU em Genebra e já emprestou sua voz a líderes como Obama, Lula e Dalai Lama em reuniões de cúpula mundo afora. É autor de três livros, palestrante internacional TEDx e cofundador de uma startup de tecnologia com sede em Nova York. Mineiro de Belo Horizonte, é criador de conteúdo sobre linguagem e curiosidades. Domina seis idiomas e vive atualmente nos Estados Unidos.

Webstories

Mais de Entretenimento

Mais de Colunistas

Como começar a investir com pouco dinheiro e baixo risco

Relevância profissional começa sendo útil

A mentira que cansa: o preço do sucesso forjado nas redes

Aprovado projeto que reduz taxas cartoriais em Minas Gerais

Como os juros altos estão expulsando a classe média do mercado imobiliário

Diamantina: conheça o charme barroco, a Vesperata e as melhores dicas de viagem

Últimas notícias

Flávio Bolsonaro protocola novo pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes

Diretoria do Galo define prazo para quitar pendências com elenco

Pablo Marçal é condenado pela 3° vez à inelegibilidade pela Justiça Eleitoral

Na OMC, Brasil critica tarifas impostas por Trump: ‘instrumento de interferência nos assuntos internos’

Com referência a ‘E.T.’, Embaixada dos EUA no Brasil faz post contra imigrantes: ‘vá embora’

Aeroporto de Confins bate recordes e vive melhor desempenho

Nova atração de quase 100 m² é instalada no Circuito Liberdade em BH

Bracks confirma protesto de jogadores com ‘bolsos para fora’ contra salários atrasados

Clima quente: Zema critica Eduardo Bolsonaro e ‘leva invertida’ do deputado