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Banco Central prevê inflação de 5,68% acima do teto da média

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Considerando só as 47 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana caiu de 5,61% para 5,60% (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 aumentou de 5,65% para 5,68%. A projeção está 1,18 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, a inflação estava em 5,58%. Considerando só as 47 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana caiu de 5,61% para 5,60%.

A partir deste ano, a meta passa a ser contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.

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Na ata da sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou que o cenário para a inflação de curto prazo é adverso, com destaque para a alta dos preços de alimentos, influenciados pela estiagem e o ciclo do boi e com tendência de propagação. Os bens industriais são pressionados pelo câmbio.

“Em se concretizando as projeções do cenário de referência, a inflação acumulada em 12 meses permanecerá acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta nos próximos seis meses consecutivos”, disse o BC.

A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2026 permaneceu em 4,40% pela segunda semana consecutiva. Um mês antes, estava em 4,30%. Considerando apenas as 46 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, caiu de 4,40% para 4,26%.

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O Copom aumentou a taxa Selic em 1 ponto porcentual, de 12,25% para 13,25%, em janeiro. No mesmo encontro, o colegiado sinalizou que vai elevar os juros em mais 1 ponto, a 14,25%, na sua decisão seguinte, marcada para a quarta-feira da próxima semana, dia 19.

O horizonte relevante do BC é o terceiro trimestre de 2026, quando o Copom espera uma inflação de 4,0%, considerando o cenário de referência. A projeção para o IPCA de 2025 é de 5,2%. O balanço de riscos do comitê está assimétrico para cima.

A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 4,0%. Quatro semanas antes, estava em 3,90%. A projeção para o IPCA de 2028 continuou em 3,75%. Um mês antes, era de 3,78%.

Dólar segue em R$ 5,99

O Banco Central também prevê que a cotação do dólar no fim de 2025 permanece em R$ 5,99. A estimativa intermediária para 2026 continuou em R$ 6,0 pela oitava semana consecutiva.

A projeção para o fim de 2027 se manteve em R$ 5,90. Quatro semanas antes, estava em R$ 5,93. A estimativa intermediária para o final de 2028 permaneceu em R$ 5,90. Um mês antes, era de R$ 5,99.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020.

Alta do PIB

Já a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 se manteve em 2,01% pela terceira semana seguida. Um mês antes, era de 2,03%. Levando em conta apenas as 41 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, também permaneceu em 2,01%.

O PIB brasileiro cresceu 0,2% no quarto trimestre do ano passado abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,4%. No acumulado de 2024, a economia teve alta de 3,4%. O carrego estatístico para 2025 é positivo em 0,8%.

A estimativa intermediária do Focus para o crescimento da economia brasileira em 2026 permaneceu em 1,70% pela quarta semana seguida. Considerando só as 30 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, subiu de 1,65% para 1,70%.

A mediana para o crescimento do PIB de 2027 permaneceu em 2,0%. Um mês antes, era de 1,96%. A estimativa intermediária para 2028 ficou estável pela 52ª semana seguida, em 2,0%.

O Banco Central espera que a economia brasileira cresça 2,10% este ano, conforme o mais recente Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

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Graduada em jornalismo pela UFMG e repórter da Rede 98 desde 2024. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagens premiadas pela CDL/BH em 2022 (2º lugar) e em 2024 (1º lugar).

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