FMF afasta árbitro de vídeo do clássico após polêmicas

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Cruzeiro e Atlético se enfrentam em duelo direto no Mineirão (Pedro Souza/Atlético

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O clássico entre Cruzeiro e Atlético foi disputado no último domingo (09/12) e segue rendendo debates, notas oficiais e reclamações. O novo desfecho, relacionado à vitória do Galo sobre a Raposa por 2 a 0, foi explicado em nota divulgada pela FMF (Federação Mineira de Futebol), na qual foram apresentados aos dirigentes do Cruzeiro os áudios de comunicação entre o árbitro principal da partida (Felipe Fernandes de Lima) e o árbitro de vídeo (Rodolpho Toski Marques). Ainda no comunicado da entidade, foi confirmado o afastamento do árbitro de vídeo.

A nota divulgada nesta quinta-feira explicou como foi a reunião entre os dirigentes do Cruzeiro e os membros da federação, bem como a decisão da FMF de não contar mais com Rodolpho Toski Marques (árbitro de vídeo do clássico) para o restante da competição. Rodolpho é árbitro de vídeo FIFA e foi convidado pela FMF para atuar no Campeonato Mineiro 2025, em decorrência da ausência de Igor Junio Benevenuto, que atualmente está em Dubai, renovando sua licença de arbitragem.

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O motivo pelo qual a Federação optou pelo afastamento do assistente VAR tem relação com os três lances polêmicos da partida entre Cruzeiro e Atlético. Rodolpho teve papel preponderante em todos os lances.

Os lances polêmicos e a interpretação da FMF sobre a atuação da arbitragem

O lance envolvendo Lyanco, do Atlético, e Dudu, do Cruzeiro, foi considerado acidental, na visão da Comissão de Arbitragem (CA). Porém, como o árbitro central da partida não viu o lance em campo, a CA entende que ele poderia ter sido alertado pelo árbitro de vídeo (Rodolpho Toski Marques) para que o árbitro de campo, Felipe Fernandes de Lima, realizasse uma análise detalhada e tomasse a decisão interpretativa.

Sobre a expulsão de Gabigol, a FMF explicou que ficou nítido que o árbitro de campo não apontou que o atleta Lyanco, do Atlético, estava com a cabeça abaixada. Portanto, o árbitro de vídeo (Rodolpho Toski Marques) interpretou a atitude como agressão e convocou o árbitro de campo para avaliar o lance. Após analisar as imagens na ARA (cabine do VAR no gramado), Felipe Fernandes de Lima aplicou o cartão vermelho.

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No segundo gol de Hulk, que garantiu a vitória do Galo no clássico do último domingo, a jogada envolvendo Hulk e Fabrício Bruno levou a FMF a concluir que deveria ter sido realizada uma análise mais detalhada por parte do VAR, com o uso do zoom.

O motivo dos áudios do VAR divulgados a portas fechadas

Ainda na nota divulgada pela FMF, consta o atual protocolo da Comissão de Arbitragem, que determina que os clubes que tiverem qualquer questionamento em relação à arbitragem dos jogos podem solicitar o acesso aos áudios e vídeos do VAR, por meio de reunião realizada diretamente entre a Comissão de Arbitragem e o clube interessado. A FMF explica que a realização da reunião a portas fechadas visa evitar distorções e/ou edições nos áudios e vídeos dos lances analisados.

O que disse Alexandre Mattos após a reunião

“O Rodolpho, do VAR, foi completamente impulsivo, condicionando todos da cabine. Ele não esperava nem o lance para ver o que acontecia, afirmando que a questão era normal e involuntária”, disse Alexandre Mattos à imprensa na sede da FMF.

“No caso específico do pisão do Dudu, mantivemos a postura de afirmar que era para cartão vermelho. A federação assumiu o erro e afirmou que, sim, deveria ter chamado o VAR. Eles estavam focados no lance anterior, de uma possível falta no ataque do Atlético e analisaram de maneira muito supérflua a situação do pisão em Dudu”, continuou o CEO do Cruzeiro.

Mattos disse que a FMF também assumiu que houve uma falta no ataque do Atlético, que terminou com o segundo gol de Hulk. “Eles tinham a ferramenta para dar um zoom, e fica clara a falta. Admitiram que houve falta no lance, e o Rodolpho se precipitou e errou”, declarou.

O dirigente, porém, assumiu que a equipe celeste tem deixado a desejar em campo, garantindo que os jogadores estão sendo cobrados para entregar a raça que os cruzeirenses querem ver.

“O Cruzeiro não está aqui para chorar e dizer que perdemos o jogo porque fomos prejudicados. Nós sabemos que temos que melhorar muito e estamos, a cada dia que passa, cobrando mais para que as coisas andem da maneira que esperamos”, finalizou.

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Rafa Silveira

Jornalista formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). Durante dois anos, foi produtor e redator do programa 98 Esportes, até migrar, em 2024, para a equipe digital da emissora. Hoje, dedica-se à cobertura do futebol brasileiro e internacional, fazendo do jornalismo esportivo sua grande paixão.

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