O Cruzeiro foi agressivo no mercado de transferências nas últimas duas janelas. O clube contratou ídolos de Palmeiras, Flamengo e Corinthians e parece não parar por aí nas próximas temporadas se o resultado não for favorável. Após a eliminação do campeonato mineiro, a estratégia do Cruzeiro para a temporada de 2025, especialmente em relação ao alto investimento realizado e a chegada do técnico Leonardo Jardim, parece ser confiar plenamente no novo treinador e deixar que o futebol seja comandado por ele.
A chegada de Leonardo Jardim gerou grande expectativa, com Pedro Lourenço demonstrando satisfação com o trabalho do novo treinador: “nós estamos muito felizes com o trabalho dele. Ele tá fazendo uma pré-temporada com muito trabalho. É um técnico que a gente não tá acostumado, ele faz um trabalho bem diferente dos nossos técnicos aqui”.
No entanto, a alta folha salarial e a necessidade de resultados rápidos levantam questionamentos sobre a sustentabilidade do projeto. Vinícius Grissi, do 98 Esportes, ponderou que, se o time não render o esperado, “Leonardo Jardim vai ter que ir ao mercado derramar mais uma grana, buscar e honerar mais ainda, aumentar mais essa folha salarial”. Essa visão é reforçada pela afirmação de que “o projeto é ganhar e se não tiver ganhando em junho, vai gastar mais uma grana para tentar começar a vencer”.
A possibilidade de novas contratações na janela do meio do ano foi um ponto crucial da discussão. Rafael Miranda afirmou que “se as coisas não estiverem andando em junho, em julho, quando abre o mercado, chegam mais uns três ou quatro nomes”. Essa necessidade de reforços pode surgir caso o time não encaixe ou precise de peças específicas.
Apesar do otimismo em relação a Leonardo Jardim, a pressão por resultados é evidente, especialmente após o próprio Pedro Lourenço considerar 2024 um fracasso por não ter alcançado a vaga na Libertadores. O áudio do sócio da SAF celeste revela uma estratégia de alto investimento com foco em resultados imediatos, mas com a ressalva de que, caso o desempenho não corresponda, o clube deverá ir novamente ao mercado, elevando ainda mais os custos. CJ sintetizou essa abordagem de forma crítica: “É caro fazer futebol assim”.
*Estagiário sob orientação da supervisora Jackeline Oliveira