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Anvisa aprova registro da primeira vacina contra chikungunya no Brasil

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Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autoriza a aplicação do imunizante para maiores de 18 anos. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A primeira vacina desenvolvida contra chikungunya teve, ontem (13/4), seu registro definitivo aprovado no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com o parecer favorável, o imunizante está autorizado a ser aplicado na população acima de 18 anos.

De dose única, a vacina é recombinante atenuada, ou seja, contém microrganismos vivos enfraquecidos para estimular o sistema imunológico sem causar a doença. Ela foi desenvolvida pela farmacêutica austríaca Valneva e será fabricada na Alemanha. O pedido de registro foi feito em parceria com o Instituto Butantan.

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Segundo a Anvisa, estudos clínicos com adultos e adolescentes mostraram que o imunizante ajuda o corpo a induzir a produção de anticorpos neutralizantes contra o vírus. O imunizante já havia sido aprovado por outras autoridades internacionais, como a Food and Drug Administration (FDA), dos EUA, e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

Para a aprovação, além de considerar os estudos clínicos, a Anvisa acompanhou, como convidada, a avaliação da vacina conduzida pela EMA. Também contou com avaliação independente de um grupo de especialistas em arboviroses e desenvolvimento de vacinas. “A chikungunya é uma doença que atinge o País de maneira significativa. No ano passado, foram registrados mais de 200 mil casos prováveis da doença e mais de 200 mortes. Então, ter uma vacina contra essa doença que teve a participação do Butantan é algo bastante inovador”, afirmou em nota Gustavo Mendes, diretor de Assuntos Regulatórios, Qualidade e Ensaios Clínicos do instituto.

Outra versão

O Butantan também trabalha em uma outra versão do imunizante, que já está em análise pela agência reguladora. As duas vacinas têm praticamente a mesma composição, mas a versão do instituto utiliza componentes nacionais e deverá ser empregada no combate da doença na rede pública.

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Um estudo clínico de fase 3 realizado com adolescentes brasileiros mostrou que, após uma dose da vacina, anticorpos neutralizantes foram observados em 100% dos voluntários com infecção prévia e em 99,8% dos que nunca tiveram contato com o vírus. A proteção foi mantida em 99,1% dos jovens após 6 meses. Foram observados efeitos adversos como dor de cabeça, dor no corpo, fadiga e febre, todos classificados como de grau leve ou moderado.

O que é a Chikungunya?

Segundo Esper Kallás, diretor do Butantan, a chikungunya é uma doença febril aguda que pode causar sintomas com envolvimento das articulações e agravamento de doenças preexistentes. A doença é transmitida pela picada de mosquitos Aedes aegypti infectados – os mesmos que transmitem dengue e zika. Os países com mais casos da doença são Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia.

Os principais sintomas são febre de início repentino (acima de 38,5 °C) e dores intensas nas articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos e punhos. A doença também pode causar dor de cabeça, dor muscular e manchas vermelhas na pele.

“(No momento), o Brasil dispõe apenas do enfrentamento do vetor para combater a doença e alívio do sintoma dos pacientes. A vacina vai permitir a prevenção da doença por meio da imunização”, afirmou Kallás. O imunizante é contraindicado apenas para mulheres grávidas, pessoas imunodeficientes ou imunossuprimidas.

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