Dez das 15 maiores cidades mineradoras do Brasil têm IDH superior à média de seus estados

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Marcelle Fernandes

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Mina de Brucutu, na cidade de São Gonçalo do Rio Abaixo (Créditos: Divulgação)

O setor da mineração é lembrado pelo seu impacto positivo na balança comercial e na contas externas do país. Recentemente, um estudo do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), com números do IBGE, relaciona a atividade mineradora ao progresso econômico e social de alguns municípios.

Os dados da pesquisa mostram que 10 das 15 maiores cidades mineradoras do Brasil têm o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) superior à média de seus estados. De acordo com a ONU, o IDH mede as condições de vida de uma população, considerando fatores como bem-estar, expectativa de vida, renda e acesso à educação e saúde de qualidade. Quanto maior o IDH de uma cidade, melhor é a qualidade de vida dos moradores, que tendem a viver mais e melhor.

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A lista contempla municípios onde a indústria extrativista é a principal fonte de receita e responsável pelo progresso econômico dessas regiões, por meio do potencial de geração de emprego e renda.

Segundo a pesquisa, a arrecadação da compensação financeira pela exploração de recursos minerais, a chamada CFEM, é um dos fatores responsáveis para que as cidades mineradoras brasileiras tenham um IDH superior. Os recursos recolhidos são destinados a melhorias para a população das regiões mineradoras.

Impactos no IDH

Em 2024, Minas Gerais ultrapassou o Pará e voltou a ser o estado que mais recolhe os chamados royalties da mineração. Somente no ano passado, 3 bilhões e 300 milhões de reais foram recolhidos pela CFEM no estado.

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Em São Gonçalo do Rio Abaixo, na região Central de Minas, uma pesquisa da UEMG comparou indicadores econômicos e sociais da cidade antes e depois da Mina de Brucutu, da mineradora Vale.

A pesquisadora da UEMG, Fernanda da Fonseca Diniz, encontrou mudanças significativas na vida das pessoas da cidade, com uso das contrapartidas financeiras da mineração.

“O município cresceu a olhos vistos e os números demonstraram isso também à medida em que a receita aumentava por meio da CFEM. No geral, teve muito ganho em saúde, educação, infraestrutura e geração de emprego. Aumentou a qualidade de vida da população, que teve um poder de compra maior. O comércio ficou muito aquecido e áreas que antes eram rurais passaram a ser urbanizadas com novos bairros”, comentou.

Para o engenheiro de Minas e consultor em projetos de mineração, Márcio Rizério, o volume de recursos faz uma grande diferença na vida das populações locais, principalmente quando bem aplicado. Ele sugere ainda como usar e fiscalizar melhor o dinheiro da CFEM.

“Muitas vezes, há desperdícios, projetos mal executados e falta de continuações nas ações. Por isso, é fundamental investir em governança pública de qualidade. Isso inclui o fortalecimento das instituições para garantir uma transparência. É possível ver esse desenvolvimento em municípios como Nova Lima, Itabira e Itabirito”, destaca.

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Marcelle Fernandes

Jornalista com foco em produção multimídia e passagem pela comunicação de empresas públicas, privadas e agências de comunicação. Atuou também com produção para jornais, revistas, sites, blogs e com marketing digital e gestão de conteúdo.

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