Nesta quarta-feira (21/05), o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), Professor Juliano Lopes (Podemos) explicou as medidas que serão tomadas pelo legislativo para melhorar a mobilidade urbana em Belo Horizonte. Em entrevista à Rádio 98 News, o vereador explicou sobre o processo para mudar a licitação de transporte público vigente na capital.
“Nós temos um problema sério de mobilidade urbana em Belo Horizonte, e nós temos um outro problema sério que é o ônibus. Ônibus em Belo Horizonte é terror. Nós conseguimos criar uma comissão especial, onde a vereadora Fernanda Pereira Altoé é a presidente e o vereador Pedro Rousseff é o relator, para que possa ser discutido o novo contrato de ônibus da cidade de Belo Horizonte”, disse Juliano
O vereador explicou que o último contrato assinado em 2008, vai até 2028 e é necessário que um novo esteja pronto até o fim da vigência do contrato atual. Sendo assim, a CMBH já se movimenta para elaborar um novo acordo.
“Infelizmente, o último contrato, assinado em dezembro de 2008, pelo ex-prefeito Fernando Pimentel, vai até 2028. Quando chegar em 2028, esse contrato já tem que estar pronto para ser licitado. Então, a Câmara vai fazer o seu papel de chamar os empresários, a opinião pública, quem de fato usa o transporte público, os taxistas, motoristas de aplicativo, todos para discutir esse novo contrato”, completou
Juliano foi perguntado sobre o subsídio nos contratos com as empresas e se a subvenção continuará para novos contratos após a licitação em 2028.
“Eu creio que a tendência é permanecer. Hoje, a gente tem um transporte que não atende diretamente a população como ela merece. Para continuar o subsídio, algo tem que acontecer. Tem que ter mais ônibus, mais condições, mais linhas de ônibus”, disse
Mesmo com a permanência do subsídio, o político explicou que a Câmara pode e “tem atuado” legalmente na fiscalização dos ônibus de Belo Horizonte. Porém, o contrato atual deixa o processo “engessado”, impedindo uma atuação ativa.
Por fim, Juliano explicou que a população será ouvida na elaboração do novo contrato, para que as carências do acordo atual não continuem no futuro.
“Esse novo contrato tem que realmente olhar população. O que não foi feito em 2020 (…) Não são todos os donos de empresas de ônibus que prestam um mal serviço, são algumas linhas específicas. Essas linhas tem que ser proibidas de atuar em Belo Horizonte. Uma empresa dessa, que tem ‘N’ reclamações, com certeza será proibida de atuar. Se você quer que o transporte coletivo melhore, essa empresa, com todo respeito, não tem capacidade nenhuma de gerir”, disparou
*Estagiário sob supervisão do coordenador Wagner Vidal