O prefeito Álvaro Damião (União Brasil) pretende usar sua personalidade comunicativa como uma “arma” para dar continuidade e visibilidade ao trabalho que já vinha sendo desempenhado por Fuad Noman em Belo Horizonte. É essa a visão que o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Adriano Faria, tem sobre a nova gestão da Prefeitura de BH. Em entrevista à 98 News, nesta quarta-feira (4/6), o secretário afirmou que a capital tem muito a ganhar com o “jeito Damião” de governar.
“Eu cheguei na prefeitura logo quando o prefeito Fuad Noman assumiu e o cenário era de caos do ponto de vista de desenvolvimento econômico. Muitas pontes foram praticamente dinamitadas. Nós tínhamos problemas de relacionamento com o setor produtivo, com a FIEMG, com a indústria, com a CDL, e com o setor produtivo como um todo. Havia muito pouco diálogo. Naquele momento a principal encomenda que o prefeito Fuad fez foi justamente aproximar essa relação”, relembra Adriano.
Enquanto Fuad esteve à frente da PBH, o secretário disse que o município passou por um processo de “revolução silenciosa”, já que muito trabalho estava sendo feito nos bastidores da gestão sem que a população tomasse conhecimento dele.
“Nós trouxemos coisas novas para a cidade, mas no modelo Fuad. Um modelo dele de verbalizar menos e comunicar menos, em que ele acabava tendo uma visão mais sistêmica de organização. Com o prefeito Álvaro, como é muito vocal, a gente consegue comunicar isso melhor para a cidade e há uma expectativa de que as pessoas entendam melhor o que está sendo feito”, ponderou.
Um exemplo dessa comunicação mais objetiva de Damião, para o secretário, é a campanha “Cidade do Sim”, que pretende desburocratizar os processos da Prefeitura de Belo Horizonte, permitindo que a capital mineira seja mais atrativa para empreendimentos e investimentos.
“O prefeito já vinha desde o início do ano trazendo isso e ele anunciou que vai ser uma marca da gestão dele. Belo Horizonte vai deixar de ser a cidade que tem o ‘não’ quase que estampado na entrada, para ser a cidade do ‘sim, vamos fazer juntos, vamos construir uma solução em conjunto para esse problema’. Isso eu acho que é uma mudança de mentalidade, mudança de postura e eu tenho certeza que o setor produtivo vai comprar essa ideia”, observou.