6 anos depois: parentes das vítimas da tragédia em Brumadinho começam a receber as indenizações

Siga no

Contemplados fazem parte do grupo que aderiu ao acordo homolgado pelo TST (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Compartilhar matéria

Familiares de 116 vítimas do rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, já receberam indenizações trabalhistas referentes à tragédia de 2019. Eles fazem parte do grupo que aderiu ao acordo firmado com a Vale, homologado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) em 30 de abril. A resolução prevê benefícios para herdeiros das 272 pessoas que morreram no desastre.

A confirmação das indenizações foi repassada na manhã desta quinta-feira (3/7), durante cerimônia de apresentação oficial do acordo, no Memorial Brumadinho. Os repasses integram a primeira fase de pagamentos, e os valores permanecem em sigilo, conforme solicitado pelas próprias famílias.

De acordo com o TST, os resultados foram alcançados a partir de audiências realizadas no Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Cejusc).

“Nos próximos dias será feito o depósito dos valores integrais e, além disso, [há] o prazo de um ano, que já está em andamento, para que eventuais novas vítimas possam se apresentar, de maneira a permitir que essa tragédia seja o mais firmemente possível e o mais amplamente possível reparada”, afirmou o vice-presidente do TST e coordenador do Cejusc, Mauricio Godinho.

A Vale tem até 1° de agosto deste ano para depositar o valor necessário para garantir o pagamento em favor dos espoliados. Do outro lado, os herdeiros faltantes têm até julho de 2026 para manifestar interesse ao acordo, cuja adesão é facultativa.

Presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem de Brumadinho (Avabrum), Nayara Porto celebrou a apresentação oficial do acordo nesta quinta-feira. “Eu acho que tem algo a ser comemorado mesmo, porque é a primeira vez que os nossos estão sendo reconhecidos”, disse. “A gente sabe o que a gente enterrou. A gente sabe que foi algo terrível que aconteceu com os nossos”, completou.

A tragédia

A barragem da Mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, se rompeu em janeiro de 2019. O ocorrido deixou 272 mortos e causou o despejo de rejeitos de minério na bacia do Rio Paraopeba. Desde então, 267 vítimas foram encontradas e identificadas, entre elas duas mulheres grávidas. Duas pessoas seguem desaparecidas.

Compartilhar matéria

Siga no

Mais de Entretenimento

Mais de Notícias

Professores mantém greve e acampam na porta da prefeitura

Presidente da Ocemg celebra crescimento do cooperativismo em MG: ‘construímos um mundo melhor’

Problemas de saúde voltam a afastar Bolsonaro de agenda política

Combustível adulterado: Procon-MG fecha quatro postos em BH

Aumento da Conta de Desenvolvimento Energético deve pesar no bolso e competitividade da indústria

Empresa alvo de ataque hacker volta a operar com autorização do BC

Últimas notícias

Galo será indenizado por torcedor do Cruzeiro após confusão na Arena MRV

Mulheres receberão chip anticoncepcional de graça pelo SUS

Projeção mapeada celebra o Ano Internacional das Cooperativas em pontos icônicos de BH

De teólogo mineiro a Milton Cunha: as personalidades mais buscadas no Lattes

Clubes mineiros e outras figuras do esporte lamentam a morte do atacante Diogo Jota

Implante contraceptivo hormonal será oferecido pelo SUS

Fim de semana frustrado, lei descumprida — e prejuízo emocional

A batalha por uma notícia de verdade

Pesquisa aponta que 72% dos brasileiros têm saúde mental afetada pelas finanças