Os professores da rede municipal de ensino de Belo Horizonte decidiram, nesta sexta-feira (4/6), em assembleia, pelo fim da greve que teve início em 6 de junho. Com isso, mais de 160 mil estudantes poderão voltar às salas de aula na próxima segunda-feira (7/7).
Ao todo, a paralisação durou 29 dias. Antes da decisão pelo término, manifestantes chegaram a acampar na porta da Prefeitura de BH (PBH).
Nessa quinta-feira (3/7), as conversas para o fim da greve já haviam avançado, após uma série de audiências de conciliação entre o Executivo municipal e representantes dos professores, no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Hoje, a categoria se renuiu novamente e aceitou os 2,49% de reajuste retroativo a maio de 2025. Os outros 2,4% serão pagos em fevereiro de 2026, retroativo a janeiro do mesmo ano. No acordo também ficou decidido:
- Aumento do vale-alimentação para R$ 60 para quem tem jornada de 8 horas diárias;
- auxílio para alimentação de R$ 18,75 para quem atua em apenas um turno (beneficio inédito, que hoje não existe);
- Mais um nível de promoção por escolaridade;
- Recomposição das perdas inflacionárias de 2017 a 2022 a partir de maio de 2026
- Pagamento de férias-prêmio já processadas ainda este ano, limitadas ao valor de R$ 30 milhões;
- Nomeação de 376 concursados do 1º e 2º ciclos;
- Reestruturação da carreira da educação infantil.
A reportagem procurou o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH (SindRede-BH) e o município para entender o acordo que levou ao fim da paralisação. Assim que houver retorno, a matéria será atualizada.