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(IMAGEM ILUSTRATIVA/The White House/Divulgação)

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No Visão Macro de hoje, vamos falar um pouco mais sobre a conjuntura internacional e como essa análise acaba nos afetando diariamente muito mais do que de fato esperamos. É importante a gente lembrar que parte da centralidade da discussão econômica mundial acontece em torno dos próprios Estados Unidos, da sua capacidade de crescimento, onde está a sua taxa de juros, que acaba sendo a taxa livre de risco do mundo.

Mas, ultimamente, principalmente após as tratativas ou as novas ideias econômicas que o governo Trump tem promovido, principalmente no âmbito comercial ou da economia internacional, tem-se colocado em discussão a capacidade americana de se mostrar como a taxa livre de risco de fato.

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Ou seja, é a capacidade do dólar continuar ganhando força, bem como analisar se existem outros países do mundo que poderiam receber fluxos monetários que antes eram destinados basicamente para os Estados Unidos, seja por sua capacidade de crescimento econômico, pela sua ampla liquidez no mercado e principalmente pela interpretação dessa ideia do excepcionalismo americano que vigora basicamente desde a Segunda Guerra Mundial.

Isso é tão importante que a nossa apreciação cambial, ou seja, o real ganhando força em relação ao dólar, tem muito mais a ver com o fato dessa discussão ter beneficiado o país com a entrada de fluxos monetários, sejam eles fast money ou real money. Isso acabou gerando um positivismo bastante relevante para nós, não só pela apreciação da moeda em si, mas principalmente porque, quando a moeda aprecia, acabamos contratando alguma deflação internacional.

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Ou seja, a queda, por exemplo, do preço das commodities de R$100 e o repasse dos preços de atacado dependem muito do valor do câmbio. E isso acaba podendo sinalizar alguma ajuda para o Banco Central ao longo do tempo, caso a política monetária esteja também fazendo o seu papel. Temos visto dados de inflação melhores na margem, muito embora ainda bastante acima das expectativas ou da meta que deveríamos ter, mas essa apreciação cambial é uma sinalização importante.

As nossas idiossincrasias acabam pesando bastante, mas é o cenário internacional que realmente faz preço. O fluxo, a liquidez, está lá fora. Se a gente recebe esse fluxo, é positivo. Se o fluxo sai, isso é bastante negativo.

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Gustavo Andrade

Mestre em Economia pela UFMG (ênfase em microeconometria e finanças), com extensão pela London School of Economics. É docente em Economia e Finanças em faculdades renomadas, além de ter atuado ativamente como gestor e estrategista de portfólios desde 2013. Atualmente, além da docência em magistério superior, também atua como gestor de risco da Virtus Nexus Asset Management.

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