Simões critica Justiça por medidas contra Bolsonaro e cobra ação diplomática sobre tarifas dos EUA

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Bolsonaro, alvo de comentários de Simões, foi alvo de ações da PF nesta sexta-feira (Guilherme Alves/98)

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O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), criticou, nesta sexta-feira (18/7), decisões recentes da Justiça brasileira contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, alvo de ações da Polícia Federal nesta manhã. Simões disse estar preocupado com a supostas ameaças à liberdade de expressão e com o Judiciário, que, segundo ele, “parece ter perdido o seu rumo”.

“Uma decisão que determina que um presidente ainda não condenado seja proibido de se manifestar nas redes sociais, que esteja proibido de falar com os filhos, que esteja monitorado por tornozeleira eletrônica… eu fico me perguntando quais são os próximos passos dessa Justiça”, afirmou o vice-governador.

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Apesar das críticas, Simões ponderou que o caso de Bolsonaro é distinto da questão que mais preocupa o governo mineiro no momento: a tarifa imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Segundo ele, Minas Gerais, que tem forte vocação exportadora, está entre os estados mais afetados pela medida. “Há uma preocupação nacional com a reversão dessa questão pelos canais diplomáticos, que tenho certeza já estão sendo acionados”, afirmou.

Mateus Simões defendeu que o Ministério das Relações Exteriores assuma protagonismo nas negociações e criticou manifestações sobre política internacional feitas pela internet. “O Itamaraty tem um corpo técnico muito capacitado. Me preocupa que a gente esteja tratando política internacional pelas redes, quando o assunto é comércio”, disse.

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O vice-governador cobrou urgência na atuação diplomática e disse que o prejuízo para Minas pode ser grave se a tarifação não for revertida até 1º de agosto. “Estamos procurando alternativas de escoamento dessa produção para outros países, caso não consigamos reverter isso. Não podemos aceitar brandamente o que está acontecendo”, alertou.

A expectativa do governo mineiro é que as tratativas diplomáticas avancem nos próximos dias. Simões reforçou que esse é um momento em que os agentes políticos devem “dar espaço aos agentes diplomáticos”, pois são eles os responsáveis por conduzir negociações técnicas e estratégicas no cenário internacional.

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Thiago Cândido

Jornalista pela UFMG. Repórter na 98 desde 2025. Participou de reportagem vencedora do Prêmio CDL/BH de Jornalismo 2024.

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