Os deputados Nikolas Ferreira (federal, PL) e Bruno Engler (estadual, PL), se tornaram reús neste sábado (26/7), após a Justiça Eleitoral de Minas Gerais aceitar uma denúncia do Ministério Público estadual contra os políticos. Além deles, as deputadas estaduais Delegada Sheila e Coronel Cláudia Romualdo, última candidata a vice-prefeita de Belo Horizonte nas eleições de 2024. Todos são acusados de disseminar, durante o período de campanha, informações sabidamente falsas com o objetivo de afetar a imagem de Fuad Noman, então candidato à reeleição à prefeitura da capital mineira. A denúncia pode torná-los inelegíveis, caso sejam condenados.
De acordo com a denúncia acolhida pela Justiça, os quatro parlamentares teriam divulgado conteúdos inverídicos com potencial de influenciar negativamente o eleitorado, além de promoverem ataques à reputação do adversário político. A acusação se baseia nos crimes de divulgação de fatos falsos durante a propaganda eleitoral e de difamação com fins eleitorais. O Ministério Público também solicita que, caso condenados, os acusados sejam obrigados a pagar indenizações por danos morais e tenham os direitos políticos suspensos.
A decisão foi proferida pelo juiz Marcos Antônio da Silva, da 29ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, e determina um prazo de dez dias, a partir de 23 de julho, para que os réus apresentem suas defesas.
Nas redes sociais, os parlamentares se pronunciaram. Nikolas Ferreira classificou a decisão como uma “perseguição política absurda em todos os níveis”. Já Bruno Engler reagiu afirmando que a acusação se refere à divulgação de trechos de um livro escrito pelo próprio Fuad Noman. “Absurdo”, escreveu ele em sua conta pessoal.