Acolhimento: Mineirão abre Sala Lilás para mulheres vítimas de violência

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Espaço funciona no estacionamento G2 do Mineirão (Reprodução/TJMG)

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Um novo espaço voltado ao acolhimento de mulheres vítimas de violência foi inaugurado no Mineirão no último domingo (27/7). O lançamento ocorreu momentos antes da partida entre Cruzeiro e Ceará, válida pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. Batizado de Espaço de Acolhimento à Mulher, ou Sala Lilás, o local busca oferecer um ambiente seguro e reservado para casos de assédio, importunação sexual, injúria racial e outras formas de violência durante eventos esportivos.

A iniciativa é fruto de uma articulação institucional entre o Tribunal de Justiça de Minas Gerais e a Minas Arena, com apoio de diversas entidades, incluindo o Ministério Público (MPMG), a Defensoria Pública, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, além das Polícias Civil e Militar. A sala funciona nas dependências do Juizado Especial Criminal (Jecrim) do Mineirão, no estacionamento G2, e contará, nos dias de jogos, com profissionais e materiais informativos para oferecer auxílio às vítimas.

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Com a ação, o Mineirão se torna o terceiro estádio do país a receber uma estrutura desse tipo. A medida segue as orientações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e está alinhada à “Carta de Brasília”, firmada durante o Encontro Nacional dos Juizados do Torcedor, realizado em março deste ano. O documento recomenda a criação de salas de acolhimento com equipes multidisciplinares para atendimento a mulheres, crianças e adolescentes em situação de violência durante eventos.

Segundo a promotora de Justiça Denise Guerzoni, coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica do MPMG, a inauguração representa a efetivação de uma política pública de proteção. “Minas Gerais está na frente, está no caminho certo para que, ocorrendo alguma eventualidade dentro do estádio, a mulher tenha o espaço certo, calmo e seguro”, destacou.

Para facilitar o pedido de ajuda, a Minas Arena espalhou cartazes informativos pelo estádio, com QR Codes que direcionam a vítima à central de atendimento. De acordo com Amanda Bomtempo, gerente de compliance e ESG do estádio, um segurança treinado é acionado para conduzir a mulher até o Jecrim, onde ela encontra um ambiente reservado, inclusive com um espaço lúdico para crianças, caso esteja acompanhada de filhos.

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Thiago Cândido

Jornalista pela UFMG. Repórter na 98 desde 2025. Participou de reportagem vencedora do Prêmio CDL/BH de Jornalismo 2024.

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