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Imagem aérea da Mina de Brucutu, na cidade de São Gonçalo do Rio Abaixo
Mina de Brucutu, na cidade de São Gonçalo do Rio Abaixo (Créditos: Divulgação)

Mina de Brucutu, na cidade de São Gonçalo do Rio Abaixo (Créditos: Divulgação)

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Hoje vamos falar de um tema que está preocupando a economia em geral — e o setor de mineração em particular — no Brasil: o recente anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a taxação de 50% nas exportações de produtos brasileiros a partir de agosto. Quais são os riscos e impactos para um dos pilares da nossa economia, que é o setor mineral?

Pois é, o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) já expressou profunda preocupação. Segundo a entidade, os investimentos de 68 bilhões de dólares anunciados para o setor até 2029 se tornam passíveis de reavaliação para baixo com a imposição dessas novas tarifas. Essa pressão de custo se soma aos já elevados tributos cobrados pelo governo brasileiro, o que diminui a competitividade do país frente a outros grandes produtores.

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Embora os Estados Unidos respondam por apenas 4% das compras de minérios do Brasil — sendo o 12º maior importador em tonelagem —, a lista de produtos afetados é relevante. Em 2024, os EUA importaram do Brasil cerca de 5% do ouro exportado, 31% das pedras naturais e rochas ornamentais, 18% do caulim e 7% do nióbio. Esse tarifaço, portanto, atinge produtos importantes da nossa pauta mineral.

O IBRAM tem mantido consultas com as mineradoras associadas e repudiou publicamente essa atitude unilateral. A entidade argumenta que a imposição, sem embasamento técnico ou econômico, fere o ambiente de negociação do comércio internacional. O setor mineral brasileiro se vê como um parceiro global em uma economia justa e aberta, e espera que as relações comerciais sejam baseadas na previsibilidade, no diálogo e no respeito mútuo.

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O alerta é claro: se não houver negociação, o setor pode ser obrigado a buscar novos mercados, abandonando uma parceria histórica.

É importante notar que o impacto vai além do setor mineral, já que a indústria extrativa responde por 47% do saldo positivo da balança comercial brasileira. O IBRAM defende intensas negociações cordiais entre os governos dos dois países para evitar que o comércio exterior seja afetado drasticamente — uma questão que exige a máxima atenção diplomática.

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Leonardo Gandara

Graduado em Direito pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), especialista em Legislação e Regulação Ambiental (Ecobusiness School), MBA em Direito da Energia (FGV Rio) e Mestre em Direito Público (PUC Minas). Advogado, Gerente Jurídico da Equinox Gold, atua na indústria da mineração há mais de 20 anos, além de processos de reparação de desastres; professor em cursos de pós-graduação e autor de artigos científicos.

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