Você já reparou como cada geração tem um idioma secreto? O boomer escreve e-mail com a palavra “prezada” e ponto final. O millennial prefere mandar áudio de três minutos no WhatsApp e a Gen Z responde com um emoji que pode significar tudo ou nada. Essas diferenças não são só engraçadas, são estratégicas.
Uma pesquisa da McKinsey mostrou que a geração Z valoriza mensagens rápidas, visuais e transparentes. Já os millennials buscam autenticidade e propósito. Os boomers, por outro lado, ainda respeitam a formalidade como sinal de profissionalismo. E os clichês só reforçam isso. O boomer acha que reunião presencial é o que resolve, desconfia do home office e não entende por que alguém precisa de emoji para trabalhar.
O millennial, a geração da ansiedade, quer o retorno em tempo real e sonha com propósito no crachá. A Gen Z, por sua vez, tem pressa, escreve em abreviações que parecem outro alfabeto e acha que e-mail é coisa de museu. O problema é que, quando a gente tenta se comunicar do nosso jeito com quem fala outra língua geracional, nasce o ruído. É a empresa que posta meme achando que vai atrair a Gen Z, mas soa forçado.
É o jovem que manda “kkk” para o chefe e depois não entende por que não foi levado a sério. A boa notícia é que dá para atravessar essas barreiras. Quer falar com boomers? Clareza, respeito e um mínimo de formalidade funcionam. Com millennials, conecte propósito ao discurso. Não basta o produto, é preciso a história. E com a Gen Z, memes até podem entrar. Mas, acima de tudo, seja rápido, visual e direto.
Lembre-se: eles detectam falsidade em segundos. Comunicação intergeracional é como aprender dialetos. Não significa abandonar o seu estilo, mas traduzir sua mensagem para o idioma do outro. E lembre-se também: a gente não fala para nós mesmos, a gente fala para ser entendido.