A administração do Hospital das Clínicas da UFMG, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, transferiu 16 bebês recém-nascidos de uma área da UTI Neonatal depois que foram identificados casos de piolho-de-pombo na unidade nessa segunda-feira (25/8).
Em nota enviada à Rede 98, a unidade de saúde informou que nenhum paciente foi afetado. “Entre as medidas já implementadas, destacam-se: a intensificação da frequência da higienização e da limpeza de toda a unidade, desinfecção pontual do local identificado, o reforço de barreiras físicas para impedir a aproximação de aves e a orientação a colaboradores e familiares quanto aos cuidados preventivos”, disse o Hospital das Clínicas.
Os pacientes foram transferidos provisoriamente para outra área física dentro do próprio hospital. Segundo a unidade, essa medida permitirá que seja feita a dedetização preventiva de todos os ambientes da UTI Neonatal, “garantindo total segurança para bebês, familiares e profissionais de saúde”.
Acúmulo de sujeira
O Hospital das Clínicas reforçou que os arredores da unidade de saúde são cercados por sujeira, o que pode ter atraído esses e outro insetos.
“Nos últimos meses, tem-se observado acúmulo de sujeira, restos de alimentos e resíduos nas ruas do entorno do hospital, o que atrai insetos, roedores e pombos, entre outros. Inclusive, é notório o aumento da população de pombos na área hospitalar de Belo Horizonte”, alertou o Hospital das Clínicas.
“O HC-UFMG segue monitorando a situação e adotando todos os protocolos recomendados para assegurar o cuidado e a proteção de seus pacientes”, finalizou a nota.
Piolho-de-pombo
O piolho-de-pombo é uma espécie de ácaro que, quando em contato com humanos, pode provocar vermelhidão, coceira e pequenos inchaços na pele, semelhante a uma picada de mosquito.
O biólogo Fernando de Castro Jacinavicius, do Instituto Butantan, explica que esse ácaro é parasita de ao menos 30 espécies de aves, entre elas os pombos. Picadas acidentais em humanos ocorrem principalmente quando ninhos de aves abandonados estão próximos às casas ou quando as pessoas manuseiam aves parasitadas.