Cerca de mil funcionários do Itaú Unibanco foram demitidos nesta segunda-feira (8/9), segundo estimativa do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região. Os trabalhadores teriam sido dispensados “sem qualquer advertência prévia” sob a justificativa de “baixa aderência ao home office”.
De acordo com o sindicato, o corte atingiu funcionários que trabalhavam em regime híbrido ou integralmente remoto. As demissões seriam baseadas em registros de inatividade em máquinas corporativas — em alguns casos, segundo o banco, períodos de até quatro horas de suposta ociosidade.
Para chegar à conclusão, o Itaú monitorou quantidade de cliques, abertura de abas, inclusão de tarefas no sistema e criação de chamados dos funcionários.
Em nota, o presidente do Sindicato dos Bancários, Maikon Azzi, questionou a decisão da empresa. “Consideramos esse critério extremamente questionável, já que não leva em conta a complexidade do trabalho bancário remoto, possíveis falhas técnicas, contextos de saúde, sobrecarga, ou mesmo a própria organização do trabalho pelas equipes”, disse.
Instituiconalmente, a associação de trabalhadores também se manifestou. “É inaceitável que uma instituição que registra lucros bilionários promova demissões em massa sob a justificativa de ‘produtividade'”, publicou o sindicato.
De acordo com dados do próprio Itaú, ainda em 2023, a empresa contava com 96,8 mil empregados. O valor da marca ultrapassava os oito bilhões de dólares, e o valor de mercado, os 60 bilhões. A Rede 98 questionou o banco sobre as demissões e aguarda retorno. Assim que houver, a matéria será atualizada.