Ex-deputado e empresários são alvos de operação da PF em MG contra danos ambientais

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Ex-deputado João Alberto Paixão Lages foi preso durante a ação - (Clarissa Barçante / ALMG | Divulgação / Polícia Federal)

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A Polícia Federal prendeu preventivamente, nesta quarta-feira, o ex-deputado estadual João Alberto Paixão Lages em Belo Horizonte. Ele foi detido durante uma operação contra um grupo suspeito de comandar uma rede ilegal de mineração em Minas Gerais. Ao todo, a PF cumpre 22 mandados de prisão e 79 de busca e apreensão em Belo Horizonte e outros municípios mineiros.

O ex-deputado é suspeito de ser um operador institucional junto a servidores de órgãos do governo de Minas suspeitos de facilitarem licenciamentos ambientais para o Grupo Minerar S.A. A empresa é uma holding de mineradoras com atuação no Estado.

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Entre os pedidos de prisão preventiva estão também os dos empresários Alan Cavalcante do Nascimento, tido como chefe do grupo; e Helder Adriano de Freitas, sócio de Alan na empresa Gute Sicht, e acusado de articular processos de licenciamento junto a servidores públicos. A operação mira servidores da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).

A Rede 98 entrou em contato com o Governo de Minas e ainda aguarda um posicionamento sobre o caso. As defesas dos investigados também foram procuradas para se manifestar sobre o assunto.

Segundo as investigações, os integrantes dessa rede eram suspeitos de conseguir autorizações para fazer mineração em áreas protegidas. Os crimes previstos são de corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, fraude documental e lavagem de dinheiro.

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A operação da PF, que tem participação também da Controladoria Geral da União, é parte de uma investigação que identificou a atuação de uma organização criminosa com contratos que podem gerar até 18 bilhões de reais em potencial econômico.

Indiciado por ameaça

O ex-deputado João Alberto Lages foi indiciado em 2024 por injúria e ameaça contra a secretária de Meio Ambiente de Minas Gerais, Marília Melo. Na época, ele enviou áudios em uma rede social para intimidar Marília, após o adiamento de uma reunião que poderia conceder licenciamento ambiental em favor da Fleurs Global, mineradora que atua na Grande BH.

Investigações

A operação deflagrada nesta quarta-feira em Belo Horizonte visa desarticular uma organização criminosa que fazia a exploração irregular de minério de ferro. Segundo a Polícia Federal, grupo investigado teria corrompido servidores públicos em diversos órgãos estaduais e federais de fiscalização e controle na área ambiental e de mineração, com a finalidade de obter autorizações e licenças ambientais fraudulentas.

O grupo também atuou para neutralizar a ação do Estado, dificultando as investigações e monitorando autoridades. O crime de lavagem de dinheiro também é apurado.

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Os investigados poderão responder por crimes ambientais, usurpação de bens da união, corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e embaraçamento à investigação de organização criminosa.

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