O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, destacou nesta sexta-feira (19/9) que o leilão do Complexo de Saúde HoPE (Hospital Padre Eustáquio) representa um marco histórico na assistência pública. O pregão realizado hoje movimentou R$ 2,5 bilhões em investimentos e resultará em uma economia anual de mais de R$ 40 milhões para os cofres estaduais.
“O momento hoje é de muita alegria. Nós estamos falando do leilão do maior complexo hospitalar da história de Minas Gerais: 2 bilhões e meio de reais investidos, um hospital de mais de 500 leitos, com um laboratório central de prestação de serviço para o poder público. Então, nós estamos falando de FUNED e FEMIG reunidas nesse empreendimento”, afirmou Simões.
O Complexo Hospitalar Padre Eustáquio foi arrematado pelo Consórcio de Saúde Hope, que reúne as empresas Integra Brasil, Oncomed Centro de Prevenção e Tratamento de Doenças Neoplásicas e B2U Participações.
Mais cirurgias e novos serviços
Segundo ele, a economia permitirá ampliar o número de procedimentos pelo SUS. “Essa economia de mais de 40 milhões de reais, ao invés de ir para o pagamento do funcionamento do hospital, fica no caixa da Secretaria de Saúde. Isso é suficiente para a gente fazer 100 mil cirurgias eletivas a mais por ano”, disse.
O hospital também vai oferecer tratamentos inéditos na capital mineira. “Isso vai revitalizar a área da Gameleira e permitir linhas de cuidado que não existiam em Belo Horizonte, como, por exemplo, tratamento de leucemia e cirurgias infantis. É o primeiro hospital do Brasil habilitado a dobrar imediatamente o tamanho do atendimento, caso seja necessária a instalação de leitos extraordinários em situações de pandemia.”
100% SUS com apartamentos
O vice-governador destacou ainda o caráter inovador do projeto. “Ele também é uma experiência inédita em Minas Gerais e no Brasil por ser um hospital 100% SUS, com apartamentos. Nós teremos 100 apartamentos nesse complexo, o que permite cuidados muito diferentes em quadros mais graves.”
Modelo de pregão
Mateus Simões explicou que o leilão foi diferente do tradicional. “Esse leilão é um pouco diferente dos que a gente está acostumado, em que leva quem dá mais. Aqui, levava quem cobrasse menos, porque o Estado precisa pagar para o hospital funcionar. Se tivéssemos feito uma operação direta, gastaríamos o valor integral e não conseguiríamos alocar recursos em outras áreas.”
Descentralização da saúde
O novo complexo se soma a outros projetos em andamento no interior. “Isso, somado aos cinco hospitais regionais que estão sendo construídos em Minas Gerais, vai mudar completamente a cara da assistência no estado. Os hospitais regionais tiram pressão da capital, que recebe uma demanda muito grande de atendimento vindo do interior”, explicou Simões.