A corrida global pelos minerais críticos acaba de ganhar novos capítulos em Minas Gerais. A mineradora australiana Saint George recebeu o apoio formal dos Estados Unidos para desenvolver seus projetos de terras raras no Estado. Esses minerais são insumos fundamentais para a indústria de alta tecnologia: estão em baterias, ímãs, turbinas eólicas, veículos elétricos e até em equipamentos militares.
Atualmente, a China controla mais de 80% da produção mundial, o que preocupa países ocidentais e explica a busca americana por diversificar fornecedores. Com esse apoio, a Saint George deve atrair recursos financeiros, parcerias tecnológicas e acesso a mercados estratégicos, inserindo Minas Gerais na rota internacional da transição energética.
Além da importância econômica, há uma clara dimensão geopolítica. Os Estados Unidos buscam reduzir sua vulnerabilidade diante da China, e o Brasil aparece como peça-chave nessa disputa global. No plano local, os projetos prometem investimentos significativos, geração de empregos e transferência de tecnologia.
O apoio norte-americano à Saint George mostra que a mineração de terras raras em Minas Gerais não é apenas uma pauta de desenvolvimento regional, mas também um tema estratégico de soberania nacional e de inserção do Brasil no tabuleiro da geopolítica global.