O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou um médico, duas enfermeiras e duas técnicas de enfermagem por homicídio, sob a acusação de omissão de socorro a uma paciente que chegou em parada cardiorrespiratória à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Vila Isa, em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. O caso ocorreu na noite de 14 de novembro de 2024.
De acordo com a denúncia, a vítima foi atendida inicialmente por uma técnica de enfermagem e uma enfermeira durante a triagem, mas nenhuma tentativa de reanimação foi feita. Em seguida, a paciente foi levada para a sala de emergência, onde estavam o médico, outra enfermeira e uma técnica de enfermagem, que também não realizaram qualquer procedimento para tentar reverter o quadro.
Os promotores de Justiça Guilherme Heringer de Carvalho Rocha e Samira Rezende Trindade Roldão afirmam que, durante as investigações, ficou comprovado que não houve qualquer tentativa de reanimação nem uso de insumos médicos.
Segundo o MPMG, os prontuários da unidade indicam que a paciente deu entrada por volta das 21h e que apenas às 22h14 foi realizado um eletrocardiograma (ECG), mais de uma hora depois. Nesse momento, os profissionais apenas registraram o óbito, sem qualquer tentativa de socorro.
Parecer técnico da Central de Apoio Técnico (Ceat) do MPMG destacou que os sinais apresentados pela paciente não justificavam a declaração imediata de morte. Para o órgão, os profissionais tinham condições de agir para tentar salvar a vítima, mas se omitiram, e essa omissão foi determinante para o resultado fatal.
Com MPMG