Você já parou para pensar que a maior propaganda de uma marca pode estar dentro dela? Funcionários não são apenas executores de tarefas — são narradores silenciosos da identidade da empresa. Cada post, comentário ou recomendação pessoal se transforma em microinfluência, gestos que carregam autenticidade e reforçam a percepção de valor da marca.
Estudos do Edelman Trust Barometer 2023 mostram que as pessoas confiam mais em informações compartilhadas por colaboradores do que em qualquer campanha publicitária. Quando um funcionário compartilha um case de sucesso, um aprendizado ou até uma dificuldade superada, ele humaniza a marca, cria conexão emocional e aumenta a confiança no mercado.
A microinfluência se manifesta em duas frentes. A primeira é o brand advocacy, quando o cliente, por conta própria, defende e recomenda a marca. Não há contrato nem cachê — ele compra, gosta e fala. Esse tipo de voz espontânea tem mais peso que qualquer anúncio pago, porque é movido pela credibilidade.
A segunda frente é o employee advocacy, quando o funcionário se torna o defensor da marca. O que ele diz dentro e fora da empresa — seja no LinkedIn, no almoço de família ou em um grupo de WhatsApp — tem impacto direto na reputação. Funcionário satisfeito multiplica valor.
Segundo Rob Fugeta, autor do livro Brand Advocates, empresas que incentivam colaboradores a se tornarem defensores da marca observam um aumento na confiança do público, no engajamento e no alcance orgânico. Isso revela uma verdade incômoda: não é a marca que escolhe seus melhores porta-vozes. São clientes e colaboradores que decidem se defendem ou se silenciam.
Na prática, isso significa incentivar e capacitar os times a se expressarem com coerência. Pode ser um vídeo no LinkedIn mostrando a rotina do departamento, uma thread no Twitter sobre um aprendizado recente ou um post no Instagram contando uma história real da empresa.
Mas atenção: a microinfluência só funciona quando está alinhada à narrativa oficial da marca.