Mulher que comeu ‘falsa couve’ morre após dias internada

Siga no

A mulher comeu a planta conhecida como "fumo bravo" ou "falsa couve" na última quarta-feira (Reprodução/Redes sociais + CBMMG)

Compartilhar matéria

A mulher de 37 anos que comeu uma planta tóxica pensando que era couve morreu nessa segunda-feira (13/10) após cinco dias internada na Santa Casa de Patrocínio, no Triângulo Mineiro, em estado grave. A informação foi confirmada à Rede 98 pela funerária que realizará o velório.

Claviana Nunes da Silva era natural de Guimarânia, cidade que fica a 25 quilômetros de distância de Patrocínio. O velório será realizado a partir das 9h, na Funerária do Baiano. Já o sepultamento está marcado para as 17h, no Cemitério Municipal de Guimarânia. Ela deixa o marido e dois filhos.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Patrocínio lamentou o falecimento de Claviana Nunes. “A paciente permaneceu internada em estado grave, com quadro de instabilidade hemodinâmica, e, apesar de todos os esforços da equipe médica, veio a óbito às 18h20 desta segunda”, informou a pasta.

“A Prefeitura de Patrocínio manifesta solidariedade à família de Claviana Nunes e reafirma seu compromisso com a transparência e a segurança alimentar da população”, continuou a secretaria, em nota.

Intoxicação

A mulher comeu a planta conhecida como “fumo bravo” ou “falsa couve” na última quarta-feira (8/10), quando teve uma parada cardiorrespiratória e foi reanimada pela equipe de socorro. Desde então, ela ficou internada em estado grave na UTI da Santa Casa de Patrocínio.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Dois idosos, de 60 e 64 anos, que também comeram a planta, ainda estão internados na unidade de saúde. O primeiro permanece internado na UTI da Santa Casa de Patrocínio, entubado, sob ventilação mecânica e uso de sedação, apresentando quadro ainda grave e instável.

O outro paciente, de 64 anos, está estável, respirando sozinho com a ajuda de um cateter nasal de oxigênio. Ele mantém os rins em bom funcionamento, mas continua confuso.

“Desde o início da ocorrência, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Sanitária e Epidemiológica, acompanha rigorosamente o caso. Amostras de alimentos e materiais biológicos foram coletadas e encaminhadas para análise laboratorial, com o objetivo de identificar o agente causador da intoxicação”, informou a prefeitura de Patrocínio.

Planta tóxica conhecida como “falsa couve”

Em conversa com a Rede 98, o sargento Pedro Mateus, do Corpo de Bombeiros, disse que durante o atendimento a mulher de 37 anos apresentou piora rápida, evoluindo para um quadro de parada cardiorrespiratória (PCR). Os socorristas iniciaram as manobras de reanimação e conduziram a vítima para o Pronto Socorro Municipal.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

“Quando a gente chegou lá, ela estava sentada, mas foi perdendo a consciência”, relatou o bombeiro. O quadro de saúde da mulher foi revertido na emergência da unidade, mas o estado de saúde dela ainda é delicado.

Mais tarde, as outras três vítimas também apresentaram quadro de parada cardiorrespiratória. “Em 17 anos de bombeiros, nunca vi nada parecido. Três das vítimas ainda estão entubadas em estado grave na UTI”, disse o militar.

Casal confundiu planta tóxica com couve

Segundo o sargento, a mulher de 37 anos e o companheiro dela vivem em uma chácara da cidade e receberam dois amigos idosos, 60 e 67 anos, para o almoço nessa quarta-feira. Os anfitriões então encontraram a planta no quintal e a refogaram acreditando que era couve.

“Eles mudaram a pouco tempo para essa chácara e fizeram uma horta. Como as plantas ainda estavam todas pequenas, eles viram essa planta perto e acharam que era um pé de couve plantado pela moradora antiga”, relata o bombeiro.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

No almoço havia, ainda, uma criança de pouco mais de um ano, que não consumiu a planta. O militar conta que essa espécie não é muito comum na região.

“Tivemos que pesquisar com um biólogo, e descobrimos que se trata de uma planta conhecida como ‘fumo bravo’, altamente tóxica”, explicou.

Compartilhar matéria

Siga no

Larissa Reis

Graduada em jornalismo pela UFMG e repórter da Rede 98 desde 2024. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagens premiadas pela CDL/BH em 2022 (2º lugar) e em 2024 (1º lugar).

Webstories

Mais de Entretenimento

Mais de Minas Gerais

Educação em destaque: Minas Gerais recebe prêmio por ações de alfabetização de crianças

VÍDEO: Idoso é resgatado após cair em cisterna de oito metros em Minas

Zema e Fiemg vão à Europa em busca de investimentos

Morte por suspeita de intoxicação por metanol é descartada em Minas Gerais

Gata é resgatada pelos bombeiros depois de ficar cinco dias presa em coqueiro

Minas Gerais registra primeira morte com suspeita de intoxicação por metanol

Últimas notícias

O branding da fila: como a espera virou espetáculo de desejo

Minas lança Rota da Serra do Cipó durante a Abav Expo 2025

Trama golpista: Moraes inicia julgamento do Núcleo 4 com leitura de relatório

A tirania da positividade: quando o otimismo vira censura

MP 1303: o risco oculto na rolagem da dívida pública

15 de outubro é feriado? Entenda o que diz a lei sobre o Dia do Professor

A revolução silenciosa: o novo contrato entre pessoas e máquinas

Poste caído bloqueia trânsito na avenida Cristiano Machado, em BH

Não precisaremos do horário de verão neste ano, diz Alexandre Silveira