O que aconteceu no Rio não é problema de polícia — é guerra. Facções armadas controlam territórios, financiam operações, usam tecnologia e violência como estratégia. Tratar isso como “segurança pública” é fingir que nada mudou.
O governo federal, liderado por Lula e sua base, escolhe minimizar a ameaça. Recusar reconhecer essas organizações como inimigas equiparáveis a grupos terroristas e, pior, sugerir que “traficante é vítima do usuário” é uma aberração política e moral. Essa posição protege criminosos e enfraquece quem precisa combater o crime no front: os estados, as polícias e, sobretudo, as vítimas.
Enquanto Lula e seus ministros privilegiarem discurso ideológico e desculpas, o crime avança. Política pública não se faz com simpatia por bandido nem com slogans: exige decisão, inteligência, coordenação e recursos. O governo federal dispõe de meios — Forças Armadas, inteligência, controle de fronteiras, rede fiscal — mas insiste em não usá-los com força e clareza. O resultado está aí: mais mortos, mais armas nas ruas, mais territórios sob domínio paralelo.
Além disso, o modelo fiscal concentra poder em Brasília. Estados no front recebem pouco e dependem de autorizações que nunca vêm a tempo. É absurdo esperar que um estado vença essa guerra com as mãos atadas. Sem repasse de recursos e sem autonomia operacional, a resposta será sempre insuficiente.
A verdade incômoda: enquanto o Planalto abraçar narrativas que relativizam o crime e tolher o apoio aos estados, o Brasil perde. Não haverá paz fingida nem política de boas intenções que resolva a ocupação de bairros por facções e quadrilhas. É preciso reconhecer o inimigo, declarar que o país enfrenta uma guerra urbana e agir como tal — não elogiar supostas “causas sociais” dos criminosos ou transferir culpa para usuários.
Lula e sua turma têm uma escolha: enfrentar o problema com coragem e recursos, ou manter a postura paternalista que hoje protege o crime e condena a população. Se persistirem com a neutralidade ideológica, a conta seguirá chegando em vidas. Quem não entrega segurança não merece dirigir o país.
