No episódio de hoje, vamos falar sobre um tema que tem preocupado muitas famílias brasileiras: o endividamento. Pesquisas recentes mostram que o Brasil vive um momento de altos índices de dívidas e inadimplência. A boa notícia é que existem caminhos práticos para sair dessa situação. Vamos entender o cenário e aprender estratégias para reorganizar as finanças.
Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio e do SPC Brasil, mais de 78% das famílias brasileiras possuem algum tipo de dívida e, dessas, cerca de 43% dos adultos estão inadimplentes, ou seja, com contas atrasadas, vencidas e negativadas. Isso representa mais de 70 milhões de brasileiros com dificuldade em pagar suas obrigações. O cartão de crédito segue como principal vilão.
Mais de 86% das pessoas endividadas têm pendências no cartão, seguido por crédito pessoal, cheque especial e financiamentos. O grande problema é que, muitas vezes, a pessoa entra em dívida para cobrir outra dívida, criando uma bola de neve financeira.
Outro dado que chama atenção: 80% dos inadimplentes já haviam ficado negativados antes, e o tempo médio para uma nova dívida após limpar o nome é de cerca de dois meses e meio. Isso mostra que, além da falta de renda, há um problema estrutural de comportamento financeiro e de falta de planejamento.
O que fazer para sair dessa situação?
Realizar um diagnóstico financeiro claro é o primeiro passo. Anote todas as dívidas, os juros, prazos e valores. Não dá para resolver o que você não enxerga e não consegue medir. Priorize as dívidas com juros mais altos e renegocie com inteligência. Busque feirões e plataformas oficiais de renegociação.
Ah, e evite trocar uma dívida cara por outra ainda mais cara. Não caia na armadilha do refinanciamento rápido, que possui juros muito altos — muitas vezes essa solução só adia o problema. Renegocie, reduza os juros, alongue o prazo de pagamento e faça de uma maneira que caiba no seu bolso.
Organize o orçamento para sobrar dinheiro, reduza gastos supérfluos temporários e concentre os esforços na quitação da dívida. E lembre-se: mesmo quitando despesas, é possível criar uma reserva de emergência.
