Os círculos nas plantações, também chamados de agroglifos, são formações criados por meio do achatamento de uma lavoura, normalmente trigo. Estas marcas em plantações normalmente são complexas e nem sempre apresentam forma circular. Há milhares de registros de todas as formas, algumas com dezenas de metros.
Onde ocorrem?
Os círculos no Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales, Irlanda do Norte), país onde é registrada a maioria dos casos, não estão distribuídos aleatoriamente por toda a paisagem e aparecem perto das estradas, próximos a monumentos do patrimônio cultural, tais como Stonehenge ou Avebury, e sempre em áreas de fácil acesso.
Como começou?
O conceito de círculos nas plantações surgiu no final da década de 1970 por conta de desenhos feitos por Doug Bower e Dave Chorley. Eles disseram que foram inspirados pelo caso de Tully, ocorrido na Austrália, onde um fazendeiro encontrou um círculo achatado de juncos no pântano, depois de observar um OVNI, o que posteriormente foi explicado por um redemoinho. A partir de 1987, outros agroglifos passaram a ser vistos ao redor do mundo.
Antiguidade
Uma xilogravura inglesa do século XVII chamada de o “Demônio Ceifador” retrata o diabo com uma foice cortando com um campo de aveia. O panfleto contendo a imagem afirma que o agricultor, enojado com o salário que um lavrador estava exigindo para o seu trabalho, insistiu que ele preferia ter “o próprio diabo” para executar a tarefa. Porém, neste desenho as hastes foram cortadas, não dobradas. A forma circular indicava ao agricultor que tinha sido causada pelo diabo.
Na história alemã de 1948 (os doze cisnes), um agricultor encontrava em todas as manhãs um anel circular de grãos achatados em sua plantação. Após várias tentativas, seu filho viu doze princesas disfarçadas de cisnes, que tiraram seus disfarces e dançaram no campo. Os anéis produzidos por fungos podem ter inspirado tais contos.
O fenômeno OVNI
A conexão entre os agroglifos e os OVNIs acabou acontecendo muito em parte por grupos místicos que na Inglaterra chegam as centenas. Um local com forte turismo ligado aos rituais dos antepassados, com vários eventos durante o ano. O que poderia ser as estranhas figuras senão mensagens de entidades alienígenas? O filme do diretor M. Night Shyamalan, “Sinais” de 2002, ajudou a reforçar a ideia de que o fenômeno dos desenhos tem ligação direta com os “discos voadores”.
O fenômeno real
Na Ufologia, o termo utilizado quando um OVNI pousa e deixa marcas é chamado de “ninho”. Ou apenas marca de pouso. Diferente do fenômeno dos agroglifos, essas marcas deixam evidências mais robustas, como a calcinação da vegetação e até mesmo a vitrificação do solo. Devido às altas temperaturas. Há também registros em que a vegetação nestes locais se torna estéril.
Há marcas de pouso em que é possível determinar a pressão exercida no solo deixada pelo objeto. Em alguns casos, essa pressão ultrapassa 1000 kg.
Impossível ser feito?
Os teóricos que defendem a origem alienígena destes desenhos sustentam que é impossível ser criação humana. Dizem que os desenhos surgem em pouco tempo e até mesmo durante o dia. Alegam que as formas geométricas são muito complexas e que há alterações biológicas nas plantas e variações magnéticas dentro destes desenhos.
Não há qualquer prova de que eles surgem do nada. Sempre são feitos durante a noite. A grande maioria são feitos em locais onde a visibilidade é prejudicada devido ao relevo. Por isso que a maioria só é visto de cima.As alterações biológicas citadas carecem de uma contraprova. Até aqui não há nenhum documento assinado por Centros de Pesquisa atestando essas evidências.As alterações magnéticas podem ser alteradas simplesmente enterrando ao centro do desenho algum equipamento elétrico com bobinas, obviamente que utilizam pilhas.Note que nenhum desses pesquisadores usam detectores de metais para analisar os desenhos, estranho não? Se eles alegam que há interferências nos equipamentos dentro dos agroglifos, porque isso não interfere nos drones, nas câmeras fotográficas e nos celulares?
Mensagens?
Há quem diga que esses desenhos representam mensagens. Porém, já passados mais de 50 anos do começo deste fenômeno, até hoje não temos ainda nem uma palavra decifrada. Os que defendem essa tese nunca apresentam um estudo com evidências de que elas representam alguma informação. Até mesmo os defensores da origem alienígena concordam que 98% dos desenhos são humanos, então como montar um alfabeto?
Se são mensagens inteligentes, porque não usar um sistema que podemos entender? Temos comunicação via ondas de rádio, código binário, etc. Não somos primatas que vivem em árvores. Temos um sofisticado idioma. Seres avançados não teriam dificuldade em produzir uma comunicação inteligente. Entendemos que qualquer civilização de fora iria construir uma comunicação universal baseada em números, elementos químicos ou dígitos binários. Usar mato para deixar mensagens não é vestígio de uma civilização alienígena.
Lógica
Em um exercício de imaginação, vamos criar um cenário em que a NASA encontra um planeta habitado, que já domina algum grau de tecnologia.O que a NASA faria para se comunicar?Lembrando que nesse caso, nós seríamos os alienígenas.Iríamos empilhar pedras? Iríamos procurar uma plantação e escrever “Olá, viemos em paz”? Iríamos desenhar nas plantações emoticon (pictogramas) para dar um oi? Ou iríamos estudar o planeta e elaborar uma mensagem baseada no grau de tecnologia que eles possuem? Se há um idioma, ou vários, basta fazer conexões. Portanto, os desenhos em plantações são obras estritamente humanas. Na realidade, a conexão com o fenômeno OVNI é equivocada. Os agroglifos não possuem qualquer ligação com o surgimento do fenômeno de luzes desconhecidas. Aqui no Brasil, os desenhos que surgem no Sul são simples e nem lembram os que ocorrem no Reino Unido. Será que os ETs daqui são analfabetos? A prova de que tudo é feito por humanos, pois a diferença na produção deixa claro que aqui quem faz, está 30 anos atrasado na tecnologia e prática de fabricação.
O homem borboleta
Quase 25 hectares. 530 x 450 metros de tamanho. Criado em uma noite de agosto de 2009 na província de Zeeland, Holanda, é o maior agroglifo moderno, ou “círculo inglês”, já criado. E com um detalhe; tudo foi registrado em vídeo, porque esta foi uma criação bem humana. Para ser mais preciso, envolveu 60 humanos e foi capturado em seu processo de concepção e criação pelas câmeras do programa de TV holandês.
Obra da equipe XL D-Sign, que vem criando formações fantásticas há mais de dez anos “muitas das quais são promovidas como misteriosas até hoje“.Esta formação gigante, a maior formação em plantação na história, foi parte do projeto Atlas, que pretendia não apenas quebrar o recorde de tamanho como também “transmitir a mensagem da beleza e vulnerabilidade do homem a emergir”.
O gigantesco desenho de hectares de tamanho tem uma série de simbologias, da metamorfose ao Homem Vitruviano, passando pelo Homem-Mariposa e os chakras. Simbologia humana, com mensagem humana, criada por humanos e para humanos, superando tudo que já foi criado em círculos ingleses até hoje.
O Fenômeno OVNI é real. Mas os agroglifos são obra humana. Não há qualquer conexão! Pesquisadores que dedicam seu tempo para investigar agroglifos é porque lucram com a crença popular e vendem livros e palestras. Deveriam ir a campo pesquisar o que ocorre de fato.
Na edição n° 3 da revista OVNI Pesquisa publicamos um excelente artigo sobre o tema, vale a leitura. Acesse.
