A confirmação do elenco da aguardada cinebiografia dos Beatles, dirigida por Sam Mendes, já está dando o que falar — e não exatamente de forma positiva. Julia Baird, meia-irmã de John Lennon, expressou publicamente sua insatisfação com a escolha do ator Harris Dickinson para interpretar o músico nos cinemas.
“Ninguém consegue captar a entonação de Liverpool como quem nasceu lá. Ninguém”, declarou a meia–irmã. Questionada em entrevista ao jornal britânico The Telegraph se foi consultada por Sam Mendes a respeito da cinebiografia, Baird disse que o diretor jamais a procuraria. “Sou a última pessoa com quem ele gostaria de conversar – porque, se o fizesse, não poderia inventar as coisas”.
Julia também revelou a ambivalência entre o orgulho e a dor de ser parte da história de John Lennon. Ela descreveu como um “privilégio” ser a irmã do artista, no entanto, se pudesse escolher, gostaria que o músico nunca tivesse visto uma guitarra.
A meia–irmã de Lennon explicou que a música o levou à fama, e a fama, à morte trágica em 1980. “Talvez ele tivesse virado professor de arte. E ainda estaria aqui”, lamentou Baird. O cantor foi assassinado por um fã obcecado, Mark David Champman, em Nova York.
Harris Dickinson, conhecido por sua atuação em Babygirl, foi escalado para dar vida a John Lennon em um dos quatro filmes que contarão a trajetória dos integrantes da banda mais influente da história da música. A proposta de Sam Mendes é ousada: transformar os quatro longas — cada um focado em um dos integrantes — em um “momento maratonável do cinema”, segundo suas próprias palavras.
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Com estreia prevista para 2028, os filmes prometem oferecer uma visão inédita da jornada dos Beatles, embora a falta de envolvimento da família de Lennon possa levantar discussões sobre autenticidade e sensibilidade na representação da vida real.