A culinária francesa dominou o mundo principalmente graças à pâtisserie, tradução de confeitaria. Pensando nisso, a chefe de cozinha Sá Marina decidiu utilizar alimentos da cozinha brasileira para criar novos doces.
Na época, a baiana, radicada em Belo Horizonte, cursava direito na faculdade e foi à Europa fazer especialização, na Alemanha. Ela cita que a mudança abriu novos horizontes: “Eu conheci um mundo que se vivia de arte”.
Ela contou no programa Matula 98 que quando o marido recebeu uma proposta para morar na França, não pensou duas vezes em largar o direito. Graças à sua facilidade de aprender idiomas, Sá Marina estudou em uma escola francesa e foi lá que ela soube o quanto os franceses amavam o Brasil.
Por causa do amor dos colegas de trabalho, a chefe decidiu utilizar os conhecimentos adquiridos assistindo a avó e a mãe na cozinha. Assim surgiu a sua “pâtisserie tupiniquim“, utilizando frutos típicos do Brasil para confeccionar doces na França.
Sá Marina disse que a escolha da palavra “tupiniquim” foi para decolonizar e quebrar o estigma presente no verbete. “Me dá angústia essa ideia de Tupiniquim ser sempre algo negativo”, disse a confeiteira.
A ideia então foi unir os alimentos comuns no Brasil com as técnicas aprendidas na França para ter algo novo. “Vamos sambar com tudo o que a gente tem aqui com as técnicas francesa”, concluiu a chefe.
*Estagiário sob supervisão da orientadora Jackeline Oliveira