Considerado um dos maiores jogadores da história do Atlético, o atacante Hulk emocionou a torcida ao dar um forte relato e se declarar ao clube no dia em que o Galo completa 117 anos. A entrevista foi divulgada na manhã desta terça-feira (25/3) pelo site The Players’ Tribune.
O camisa 7 relembrou a infância na Paraíba e a origem do apelido que o consagrou no futebol como “o jogador que também é super-herói”.
“Devo ser Hulk desde os três, quatro anos de idade, por causa de minha cisma em levantar as coisas. Não podia ver bujão de gás, mesa com cadeira, guarda-roupa, armário de pôr panela, que já queria erguer do chão”, contou o camisa 7.
Carreira internacional
Hulk também falou sobre sua trajetória internacional, iniciada em 2005, quando se transferiu para o Kawasaki Frontale, do Japão. Segundo ele, a experiência representou muito mais do que uma oportunidade financeira, ensinando-lhe valores como disciplina, humildade e solidariedade.
Na sequência, relembrou as passagens pelo Porto, onde “explodiu” no futebol internacional, e pelo futebol russo e chinês, quando obteve contratos milionários. Quando atuava pelo Zenit, da Rússia, o camisa 7 tinha um dos cinco maiores salários do mundo, à frente de astros como Neymar, Pogba e Ibrahimovic.
Chegada ao Galo
Além disso, o atacante relembrou sua chegada ao Atlético e se declarou ao clube onde mais venceu, mais atuou e mais marcou gols.
“Era o final de 2020 e eu estava em Campina Grande, descansando e pensando no passo seguinte depois da China. Se meu telefone não tivesse tocado com o Rodrigo Caetano, que era o diretor de futebol do Atlético, perguntando ‘Quer vir pra cá?’, eu teria ido pra Turquia. Jogaria dois ou três anos e passaria o resto dos meus dias me sentindo incompleto, lamentando uma lacuna que não consegui preencher, apesar de todas as conquistas”, afirmou.
“Mas o telefone tocou e eu respondi ‘sim’ na hora! Eu sabia que era só ladeira a favor me esperando em Belo Horizonte. O Galo me dava a chance de realizar o sonho de jogar ainda em alto nível pro meu povo, dentro do meu país”, revelou Hulk.
O camisa 7 também descreveu a emoção de vestir a camisa alvinegra no Mineirão e ser embalado pela torcida atleticana.
“Um dia eu percebi que pisar no campo do Mineirão vestindo a nossa camisa alvinegra, ouvindo a Massa cantando sem parar, vendo o meu pai fantasiado de Hulk pulando igual um guri na arquibancada, aquilo era mágico, pois me transportava para um estado de felicidade que eu só conheci de menino lá na minha terra”, completou.
Hulk não pensa em aposentadoria
Por fim, o atacante de 38 anos aproveitou a ocasião para garantir que ainda tem “muita lenha para queimar” e não pensa em pendurar as chuteiras.
“Eu acredito que ainda tenho muito chão pela frente, muitas coisas para conquistar em BH. E quando eu já estiver aposentado do futebol, sentado ao redor dos meus pais e dos meus filhos, tomando um vinho com minha esposa e assistindo a um jogo do Atlético pela TV, vou sentir saudades e me lembrar de todas as alegrias que este clube me deu”, finalizou.
Confira, na íntegra, a entrevista de Hulk ao The Players’ Tribune