Nessa segunda-feira (8/12), o Atlético anunciou que Victor não seguirá no cargo de diretor de futebol. Um dos atletas mais vitoriosos da história do Galo, o ex-goleiro atuava na direção do alvinegro desde 2021, mas foi no ano passado que, de fato, assumiu a diretoria de futebol do clube. Relembre a passagem de Victor no cargo:
2024
Victor foi efetivado como diretor de futebol em fevereiro do ano passado. O ex-goleiro já atuava como gerente de futebol do clube desde quando se aposentou, em 2021, e foi o escolhido para suceder Rodrigo Caetano, que deixou a diretoria do Galo para assumir a coordenação da Seleção Brasileira.
Em sua primeira janela como diretor de futebol do Atlético, Victor foi responsável por três contratações: a primeira foi Brahian Palacios, que veio do Atlético Nacional, da Colômbia, por R$ 15 milhões.
Depois, Victor fechou a contratação de Paulo Vitor, por R$ 500 mil, do Boston City. O volante já estava emprestado ao Galo e foi contratado em definitivo.
Por fim, o Atlético trouxe Robert, do Athletic, por empréstimo, pagando R$ 1,2 milhão pela vinda do jogador. O meia ainda seria contratado em definitivo ao final da temporada.
Depois da primeira janela, veio o primeiro título: o Galo venceu o Cruzeiro na final do Campeonato Mineiro e conquistou o pentacampeonato consecutivo da competição.
Na janela do meio do ano, Victor e o Atlético foram mais agressivos no mercado e fecharam cinco contratações em definitivo: Lyanco, por R$ 18 milhões; Junior Alonso, por R$ 6 milhões; Fausto Vera, por R$ 24,7 milhões; Deyverson, por R$ 4,5 milhões; e Bernard, que retornou ao Galo sem custos após o fim do contrato com o Panathinaikos, da Grécia.
Lyanco rapidamente se tornou um dos pilares do time, e o Galo comprou mais 25% dos direitos do atleta por R$ 11 milhões, chegando perto de R$ 30 milhões no total desembolsado.
No fim do ano, Victor ainda acertou a compra definitiva de Bruno Fuchs por R$ 17,2 milhões. O zagueiro já estava no Atlético desde 2023, por empréstimo.
A temporada, no entanto, terminou de forma melancólica. O Atlético chegou às finais da Copa do Brasil e da Copa Libertadores, mas foi derrotado em ambas, finalizando o ano com apenas o título do Campeonato Mineiro e a 12ª posição no Campeonato Brasileiro.
2025
No início de 2025, agora sob o comando de Cuca, o Atlético foi ao mercado novamente e trouxe nomes para mudar o elenco alvinegro. Na primeira janela, Victor apresentou um “pacotão” de reforços para a temporada: Cuello; Júnior Santos; Natanael; Iván Román; Rony e João Marcelo, comprados pelo Galo; Patrick e Gabriel Menino, envolvidos na venda do atacante Paulinho ao Palmeiras; e Caio Paulista, em uma troca de empréstimos com o clube paulista, que contratou Bruno Fuchs.
O início do ano foi promissor e novamente trouxe um título. O Galo venceu o América na final do Campeonato Mineiro e conquistou o hexacampeonato consecutivo, igualando a marca histórica dos anos de 1978 a 1983.
No meio do ano, Victor foi novamente ao mercado, trazendo contratações pontuais: Alexsander, por R$ 35,2 milhões; Vitor Hugo, Ruan Tressoldi e Biel, todos por empréstimo; e Dudu e Reinier, que estavam livres no mercado.
A temporada, no entanto, terminou novamente de forma melancólica para o Galo. O alvinegro ficou com o vice-campeonato da Sul-Americana — o terceiro em um ano — e apenas a 11ª posição no Campeonato Brasileiro, no qual correu risco de ficar fora de competições internacionais.
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Veja todas as contratações de Victor no comando do Atlético
- Brahian Palacios (atacante): R$ 15 milhões — Atlético Nacional-COL*
- Lyanco (zagueiro): R$ 29,9 milhões — Southampton-ING
- Junior Alonso (zagueiro): R$ 7,2 milhões — Krasnodar-RUS
- Fausto Vera (volante): R$ 24,3 milhões — Corinthians
- Deyverson (atacante): R$ 4,5 milhões — Cuiabá*
- Robert Santos (meia-atacante): R$ 3 milhões — Athletic*
- Bruno Fuchs (zagueiro): R$ 17,2 milhões — CSKA-RUS*
- Gabriel Menino (meio-campista): troca com o Palmeiras
- Patrick Silva (volante): troca com o Palmeiras
- Natanael (lateral-direito): R$ 8,5 milhões — Coritiba
- Júnior Santos (atacante): R$ 43,2 milhões — Botafogo
- Cuello (atacante): R$ 36 milhões — Athletico-PR
- Caio (lateral-esquerdo): emprestado pelo Palmeiras
- Rony (atacante): R$ 36 milhões — Palmeiras
- Iván Román (zagueiro): R$ 8,7 milhões — Palestino-CHI
- João Marcelo (atacante): R$ 2,8 milhões — Guarani
- Vitor Hugo (zagueiro): emprestado pelo Bahia
- Dudu (atacante): livre no mercado após rescisão com o Cruzeiro
- Biel (atacante): emprestado pelo Sporting-POR
- Alexsander (volante): R$ 35,2 milhões — Al-Ahli-SAU
- Reinier (meia-atacante): livre no mercado
- Ruan (zagueiro): emprestado pelo Sassuolo-ITA
Ao todo, Victor gastou R$ 271,5 milhões em contratações como diretor de futebol do Atlético e conquistou dois títulos: os Campeonatos Mineiros de 2024 e 2025, além de três vices em um ano (Copa Libertadores, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana). Foram 22 contratações, o equivalente a dois times completos.
