O novo sistema de acesso para sócios-torcedores do Cruzeiro entra em vigor no Mineirão a partir deste domingo (13/7), no confronto diante do Grêmio, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com a implantação da biometria facial obrigatória, os ingressos vinculados ao sócio passam a ser pessoais e intransferíveis, o que tem gerado críticas entre torcedores.
Em entrevista exclusiva ao 98 Esportes desta sexta-feira (11/7), o diretor de marketing do clube, Marcone Barbosa, explicou os motivos da mudança. Segundo ele, a medida não partiu de uma decisão interna, mas atende a uma exigência externa com o objetivo de combater o cambismo.
“Não era o objetivo do Cruzeiro, mas é algo que precisa ser cumprido”, afirmou o dirigente.
Durante a semana, o colunista Samuel Venâncio detalhou os principais impactos da nova regra e os problemas que ela pode gerar.
“Agora tem a biometria facial e o ingresso ficou intransferível. Apenas ingressos extras comprados à parte podem ser repassados via sistema, com CPF”, explicou.
Segundo Venâncio, a nova norma pode prejudicar a presença de público nos jogos, ao impedir que sócios cedam seus ingressos em caso de ausência.
O colunista destacou ainda que, embora o objetivo da medida seja válido, ela acaba penalizando torcedores que usavam o benefício de forma legítima, como aqueles que moram fora de Belo Horizonte ou costumavam repassar o ingresso a familiares e amigos.
Por fim, Venâncio sugeriu que o Cruzeiro repense a estratégia e busque formas de flexibilização, respeitando a legislação vigente, mas evitando prejudicar o torcedor fiel.