O Cruzeiro segue decepcionando na temporada. O vexame, desta vez, veio após a derrota para o Mushuc Runa, por 2 x 1, no Mineirão, nesta quarta-feira (09/04). A situação fica ainda mais preocupante se levarmos em consideração a discrepância econômica entre as equipes.
O Mushuc Runa Sporting Club é um clube jovem, com apenas 22 anos de existência, de propriedade de uma cooperativa de crédito formada pela comunidade indígena da província de Tungurahua, a cerca de 150 quilômetros de Quito, capital do Equador.
Em nível de orçamento, a equipe equatoriana tem um investimento anual com salários do elenco e questões estruturais do clube inferior ao valor que o Cruzeiro gasta, em um único mês, apenas com o pagamento de salários de seus jogadores.
Em 2025, o Cruzeiro elevou sua folha salarial para cerca de 20 milhões de reais mensais, figurando entre as mais altas do Brasil. Só para esta temporada, a Raposa contratou 11 jogadores — entre eles, nomes badalados como Gabigol, Fabrício Bruno e Dudu.
Em entrevista à Rede 98 antes da partida, o presidente do Mushuc Runa, Luis Alfonso Chango, chegou a citar os valores gastos pela Raposa com jogadores consagrados. “Podemos dizer: o jogador Gabigol, creio que ganha mais de 100 mil dólares por mês. Outros jogadores, como o Lautaro Díaz, ganham mais de 50 mil. É a primeira vez que estamos na segunda fase. E, como estamos na segunda fase, nos tocou o Cruzeiro, nos toca o Unión Santa Fe. Já jogamos contra o Palestino. Mas vamos com este grande projeto de inclusão social no futebol profissional com indígenas equatorianos”, disse.