O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, foi reeleito para o cargo nesta segunda-feira (24/03). Candidato em chapa única na disputa pelo pleito, Rodrigues confirmou a permanência à frente da entidade até março de 2030. O segundo mandato começa no mesmo mês do ano que vem.
Ednaldo contou com os votos das 27 confederações, além de todos os clubes da série A e B do Campeonato Brasileiro. O apoio de 100% do colégio eleitoral se estende aos oito vice-presidentes: Ricardo de Lima, Reinaldo Bastos, Gustavo Vieira, Gustavo Dias Henrique, Ednailson Rozenha, Antônio Roberto da Silva, Leomar Quintanilha e Rubens Renato Angelotti.
O primeiro mandato de Ednaldo Rodrigues começou em junho de 2021, em caráter provisório, depois do afastamento de Rogério Caboclo por acusações de assédio sexual e moral. O presidente da CBF ainda poderá participar de mais uma eleição daqui cinco anos e ficar no cargo até 2034, caso vença novamente.
No discurso de agradecimento, Ednaldo ainda afirmou que sofreu uma tentativa de golpe na CBF: “Hoje, celebramos não apenas a confirmação do nosso trabalho pela reeleição, mas o triunfo da democracia, do diálogo, da liberdade e da autonomia das organizações esportivas. Ao longo dos últimos anos, enfrentamos muitos desafios. Sofremos todo tipo de preconceito e perseguições. Tentaram até um golpe. Resistimos e vencemos”, disse o presidente da entidade.
Sem concorrência
Em dezembro do ano passado, o ex-jogador Ronaldo manifestou publicamente o interesse em assumir a presidência da CBF. Na semana passada, ele se retirou da disputa por falta de apoio das federações. O ex-dono da SAF do Cruzeiro repudiou a eleição com chapa única na entidade: “Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião”, afirmou.
A última vez que a CBF teve uma eleição com dois candidatos foi em 1989, Ricardo Teixeira venceu Nabi Abi Chedid. Na ocasião, Teixeira contou com o apoio do então presidente da Fifa, João Havelange. Do outro lado, Chedid foi apadrinhado pelo chefe da confederação brasileira até aquele momento, Octávio Pinto Guimarães.