As ações de grandes estúdios de cinema norte-americanos recuaram nesta segunda-feira (5/5), após o presidente Donald Trump ameaçar impor uma tarifa de 100% sobre filmes produzidos fora dos Estados Unidos. O anúncio, feito no domingo por meio da rede Truth Social, teve efeito imediato no mercado financeiro, impactando empresas como Netflix, Disney, Warner Bros., Paramount e Lionsgate.
A proposta de Trump reacende tensões no setor de mídia global ao mirar diretamente na produção internacional, uma prática comum em Hollywood, que há décadas grava fora do país para aproveitar incentivos fiscais e reduzir custos operacionais.
Na mensagem, Trump alegou que os subsídios concedidos por outros países ao setor audiovisual representam uma ameaça à segurança nacional dos EUA e justificou as tarifas como uma forma de proteger a indústria local, que, segundo ele, estaria sendo “devastada” por essa tendência.
Ainda não foram divulgados detalhes sobre a possível implementação da medida, como sua abrangência e se afetaria apenas filmes integralmente produzidos no exterior ou também obras parcialmente realizadas fora do país.
Enquanto isso, a incerteza já provocou uma reação negativa dos investidores: ações da Lionsgate caíram mais de 5%, as da Netflix chegaram a recuar mais de 4% na abertura do mercado, e os papéis de Disney, Warner Bros., Paramount e Universal registraram quedas superiores a 2%, antes de reduzirem parte das perdas ao longo do dia.
Até o momento, nem o Departamento de Comércio nem a Casa Branca se pronunciaram oficialmente sobre o plano.