O Banco Central informou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (5/6), que emitiu ordem de bloqueio das contas bancárias e ativos financeiros da deputada Carla Zambelli (PL-SP).
A medida foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes após a expedição do mandado de prisão da deputada, que saiu do Brasil semanas após ser condenada pelo STF a 10 anos de prisão.
No ofício enviado ao STF, o Banco Central informou que a ordem do ministro foi transmitida a todas as instituições financeiras do país.
Além das contas bancárias, Moraes solicitou o bloqueio de transferências de Pix, cartões de crédito, aplicações em fundos de investimento, previdência privada, cartas de consórcio, ouro e criptomoedas.
A prisão foi determinada após a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitar a medida ao Supremo. Para a PGR, ela fugiu do Brasil para evitar o cumprimento da condenação.
Na última terça-feira (3/6), em entrevista a uma rádio do interior de São Paulo, Zambelli disse que saiu do país para fazer um tratamento de saúde e que vai pedir licença do mandato.
De acordo com a assessoria da parlamentar, ela desembarcou na manhã de hoje em Roma, na Itália, após passar pelos Estados Unidos. Ela pretende ficar no país europeu por ter dupla cidadania.
Diante da fuga, Alexandre de Moraes determinou ontem a abertura de um inquérito para investigar a deputada pelos crimes coação no curso do processo e obstrução de investigação.
No entendimento de Moraes, a deputada pretende adotar o “mesmo modus operandi” utilizado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para a “prática de condutas ilícitas”.
Defesa
Após Zambelli informar que saiu do Brasil, o advogado Daniel Bialski deixou a defesa da deputada. Moraes determinou que a representação judicial da parlamentar seja feita pela Defensoria Pública da União (DPU).