A febre de bebês reborn está atingindo diferentes esferas da sociedade e muita gente passou a tratá-los como bebês humanos, o que tem gerado muita controvérsia.
A advogada e professora Luciana Nepomuceno esclareceu dúvidas a respeito de possíveis direitos para os bebês reborn. Ela deixou claro que, por se tratar de seres inanimados, os reborn não possuem direitos.
Diferentemente do tratamento em casos de animais, os bonecos não possuem direito de guarda. Eles são tratados como bens móveis e entram na divisão patrimonial a depender do tipo de regime de casamento.
Luciana faz uma comparação crítica ao recebimento da sociedade para as ditas “mães reborn”. Para ela, a comparação entre o julgamento de homens com coleções de bonecos e as mães de bebê reborn é desigual. “Os homens que brincam com bonecos na nossa sociedade não recebem as críticas que as mães do reborns estão recebendo” conclui a advogada.
A professora ainda apontou a possibilidade de algumas das pessoas que estão postando nas redes estejam apenas buscando engajamento e likes. “Porque nós não tivemos nenhum apontamento no Ministério da Saúde de alguém que foi para fila de um pronto atendimento com um boneco e que as pessoas que estavam ali presentes permitiram que essa mãe ou esse pai fosse atendido,” finaliza ela.
*Estagiário sob supervisão da orientadora Jackeline Oliveira