O prefeito em exercício de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), falou nesta segunda-feira (24/3) sobre um abaixo-assinado que foi criado para impedir a instalação de painéis de LED na Praça Sete. A petição, criada pelo arquiteto Gustavo Pena, reúne mais de 5 mil assinaturas.
“A prefeitura entende que todas as manifestações são legítimas. Não tem como você criar uma lei para agradar todo mundo. Respeitamos a opinião de todos, mas a gente tem a certeza de que a gente tá dando um passo para um futuro que Belo Horizonte precisava há muito tempo”, disse Damião.
O prefeito em exercício sancionou, no início de março, a lei que autoriza a instalação de painéis de LED no Centro de Belo Horizonte. O texto dispõe de uma série de regras para a exibição de propagandas luminosas no coração da capital mineira, inspirado na Times Square, em Nova York.
“A gente precisa de atualizar Belo Horizonte. Isso é um desejo do povo da cidade. A gente apenas vai acompanhar o que o povo já quer há muito tempo”, acrescentou o prefeito em exercício.
Painéis de LED dividem opiniões
O abaixo-assinado foi criado na última sexta-feira (21/3) e tem como objetivo mobilizar a população de Belo Horizonte contra a instalação de propagandas luminosas no coração da cidade.
“Praça Sete não é Times Square não. É o coração de nossa cidade, onde todos cruzamos e nos encontramos na lida da vida. Esconder o coração atrás de painéis não traz vida, ao contrário a retira: morte por asfixia”, argumento Gustavo Pena em um trecho da petição.
Em contrapartida, entidades ligadas ao comércio defendem a instalação de LEDs na capital. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Marcelo Souza e Silva, defendeu que a iniciativa seja expandida para outros cantos de BH.
“Nossa querida Savassi, que o belo-horizontino gosta muito, é um local que a gente vê que o painel de LED pode voltar com essa movimentação, visto que a Savassi está tendo agora um ‘boom’ de residências sendo ocupadas e voltando também os serviços e comércios que se perderam na pandemia”, disse Marcelo, em entrevista ao Central 98.