“Gatos de energia” provocam perdas de R$ 216 milhões em Minas; crime pode encarecer tarifa

Siga no

Grande BH concentra o maior número de irregularidades, segundo a Cemig - (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Compartilhar matéria

As chamadas perdas não técnicas de energia elétrica, conhecidas popularmente como “Gatos de Energia”, provocaram prejuízo de R$ 216 milhões em Minas Gerais no primeiro semestre de 2025. Quase metade das irregularidades foi identificada na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A prática ilegal, que tem punição de prisão ao infrator, também pode encarecer as tarifas.

O furto de energia está presente em diversas camadas da sociedade, em consumidores residenciais, pequenos comércios, escritórios e indústrias.A Cemig vem intensificando as ações para coibir este tipo de crime no estado.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Somente entre janeiro e junho deste ano, mais de 177 mil clientes foram inspecionados em todo o estado. Os técnicos conseguiram identificar as perdas não técnicas de R$ 216 milhões. No mesmo período do ano passado, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o prejuízo foi de R$ 296,9 milhões. Em todo o Brasil, o furto de energia representou um custo de R$ 10,3 bilhões em 2024.

A maioria das irregularidades encontradas em Minas foi na Grande BH. “Para se ter uma ideia, somente na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Cemig vistoriou 92 mil unidades consumidoras, sendo que, a inspeções procedentes representaram R$ 101 milhões”, explicou Alexandre Ribeiro, assessor de Relações Institucionais da Cemig.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Consequências graves

As irregularidades podem trazer uma série de danos à rede elétrica, além da possibilidade do aumento da tarifa. Além disso, quem faz a instalação dos “gatos” ainda corre risco de acidentes graves.

“Cabe ainda destacara que as instalações irregulares causam risco a segurança da população. Causando ocorrências na rede elétrica com conseqüências graves e até fatais. A prática também causa impacto no sistema elétrico podendo causar interrupções de energia dos clientes regulares, além de incêndios e queima de aparelhos eletrônicos e eletroeletrônicos”, disse o assessor da Cemig.

O furto de energia é crime previsto no artigo 155 do código penal e tem pena de até oito anos de reclusão. O infrator também pode ser enquadrado no artigo 171, que trata de estelionato, com pena de cinco anos de reclusão e multa. “Quando são confirmadas as irregularidades, os responsáveis devem ressarcir a companhia em relação ao montante da energia consumida e não faturado, além de arcar com os custos administrativos”, completou Alexandre Ribeiro.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A população pode denunciar os casos suspeitos por meio do número 116 ou no site da Cemig.

Compartilhar matéria

Siga no

João Henrique do Vale

Jornalista formado em Comunicação Social pela UNA e pós-graduado em Comunicação em Saúde pela ESP-MG. Trabalhou por 10 anos no Jornal Estado de Minas. Com passagens, também, pela TV Horizonte e Rádio Inconfidência.

Webstories

Mais de Entretenimento

Mais de BH e região

Bicho de luz, siriri ou aleluia? BH é ‘invadida’ por insetos voadores; entenda fenômeno

Circuito Conectamente vai capacitar empreendedores mineiros com lives gratuitas

Shopee a caminho de Contagem com novo terminal logístico

Propag: Governo de Minas encaminha à ALMG novo texto de privatização da Copasa

Homem come salgadinho enquanto é resgatado com perna presa em bueiro

Cruz Vermelha MG completa 111 anos e ganha mulher na presidência

Últimas notícias

Itamaraty condena ameaça dos EUA de usar “poder militar” contra Brasil

De surpresa, Cruzeiro anuncia contratação de nova revelação da Colômbia

Paredão do Cruzeiro: Cássio não sofre gols na Copa do Brasil há dois anos

Flávio Bolsonaro acusa Alexandre de Moraes de vingança e critica julgamento do pai no STF

Pode jogar? Ruan Tressoldi abre o jogo e revela quando estará à disposição do Atlético

Bandeira dos EUA é ‘novo símbolo da direita brasileira’, diz NYT

‘Minha competição é comigo mesmo’: Ruan Tressoldi fala sobre busca por espaço no Atlético

Julgamento de Bolsonaro: Dino acompanha Moraes e vota pela condenação dos réus

Julgamento de Bolsonaro: Dino diz que ameaças de governos estrangeiros não afetam decisão