A Prefeitura de Belo Horizonte implantou, neste mês, os dois primeiros jardins de chuva do Hipercentro da capital. Os novos espaços estão localizados na Rua Rio de Janeiro, entre as ruas dos Tupis e dos Goitacazes, e na Praça Afonso Arinos. A proposta é aumentar a captação, retenção e infiltração da água da chuva, contribuindo também para o paisagismo urbano.
As intervenções integram o programa Centro de Todo Mundo, que busca qualificar a região central da cidade, com melhorias em acessibilidade, mobilidade, oportunidades de emprego e espaços de lazer.
Com as novas entregas, Belo Horizonte passa a contar com 66 jardins de chuva em funcionamento. A maioria deles está concentrada na região Norte, como parte das ações de combate às enchentes nas bacias dos córregos Nado e Vilarinho. Há também unidades nos parques Lagoa do Nado (Pampulha), JK (Centro-Sul) e na Praça José de Magalhães (Leste). A expectativa é que até 2026 sejam implantados mais 40.
O que é um jardim de chuva?
Diferente dos jardins convencionais, os jardins de chuva têm o solo preparado com camadas de brita e materiais porosos, que facilitam o acúmulo e a infiltração da água. As plantas escolhidas são resistentes a períodos de estiagem e a grandes volumes de chuva, além de ajudar na filtragem de poluentes, contribuindo para a melhoria da qualidade da água infiltrada no solo.
Apesar de não serem instalados em áreas de alagamento, eles atuam de forma preventiva: são posicionados em pontos altos dos bairros, onde a enxurrada se forma, evitando que grandes volumes de água cheguem rapidamente às partes baixas da cidade.
Além da função ambiental, os jardins também contribuem para o embelezamento das vias públicas e podem incluir mobiliário urbano, como bancos.
Sustentabilidade
“Os jardins de chuva mostram que a própria natureza ensina como lidar com os impactos do crescimento urbano. Com soluções simples, conseguimos aumentar a permeabilidade do solo e melhorar a qualidade ambiental da cidade”, afirmou o secretário municipal de Meio Ambiente, Gelson Leite.